Magno Malta defende cassação do prefeito de iconha no Senado

A Justiça tarda, mas não falha. Delso Mongin perto da cassação

A vergonha da compra de votos em Iconha está perdendo para a verdade
A vergonha da compra de votos em Iconha está perdendo para a verdade

Desconfie de barbudos e de bigodudos

em: todos fazem barba e bigode com o dinheiro do povo

Eleições 2008, a verdade – capítulo 1

Senador Magno Malta apoiou Casteglione quando ele tinha 14%
Senador Magno Malta apoiou Casteglione quando ele tinha 14%
Os bastidores das eleições ficaram à margem dos eleitores e da Justiça Eleitoral. Quanto ao povo, por falta de informação. Em relação ao judiciário, por falta de interesse, somente se provocado pelo Ministério Público ou movimento popular. Desde 18 anos exercendo a profissão de jornalista. Já vi de tudo. Já escrevi de tudo. Agora, minha consciência me remete a contar um pouco mais sobre as eleições de 2008 para prefeito de Cachoeiro de Itapemirim. A mais surpreendente de toda história dos últimos tempos.
O favorito era o democrata Theodorico Ferraço que, por soberba, acho eu, dispensou alianças pela ilusória condição de ostentar quase 70% da preferência popular, índice medido pela pesquisas iniciais. Os números preliminares conferiam. O segundo colocado oscilava entre 11% e 14%, o petista Carlos Casteglione. Aos olhos da lógica, parecia impossível tirar a diferença, tratando-se do histórico de vitórias daquele que fora prefeito por quatro vezes.
A maioria dos partidos políticos estava com deputado estadual do DEM pelo sistêmico entendimento consciente e inconsciente do chamado voto útil. Mas, havia uma atmosfera paralela, por parte das bases comunitárias em mudar o panorama político. E a jovialidade do deputado do PT impelia para essa tendência. Mas, a falta de carisma exigia esforço sobrenatural para reverter o quadro e estabelecer a nova realidade.
Com a dispensa de Ferraço de apoios, considerados pelo mercado político, essenciais, recrudesceu a corrente de combate ao desafiante “Golias”, como foi tratado em código, principalmente pelas lideranças evangélicas, entre elas, o senador Magno Malta (PR), que pasmem: tinha preferência de apoiar o democrata, mas este não abria mão de qualquer composição direta com o republicano que desejava apenas, legitimamente, indicar o vice, com duas opções: Wilson Dillem e Pastor Braz, ambos do seu partido. Nada feito, o caçador de pedófilo foi para o caminho mais estreito.
Nessa altura, o prefeito vigente, peemedebista Roberto Valadão, com 7% em média regularmente, não possuía a menor condição de ao menos disputar o pleito para vencer. Era enganado por assessores que o usaram com motivações mentirosas. E político no poder, geralmente, perde toda alta crítica e não aceita opinião contrária e nem conselho para recuar. O orgulho, naquele momento, afundou de vez o seu governo, que terminou melancolicamente com sua cassação pela Justiça aos 45 minutos do segundo tempo.
Para encerrar o primeiro capítulo da história, fui designado, na amizade, pelo senador Magno Malta para tratar diretamente com o Carlos Casteglione o rumo da aliança com o PR, ou seja, apoio do republicano e deste jornalista, desafiando a lei gravitacional dos percentuais da pesquisa em favor do adversário renitente. Não fiquei com o meu partido de então, o PMN, que havia fechado coligação com Ferraço. E a luta começou, sem trégua, para realidades que somente o leitor deste jornal terá conhecimento amiúde. Inclusive, sobre os DVDs que podem cassar o prefeito por compra de votos, narrativa encontrada na última capitular desta novela da vida real.

Este é seu, meu, nosso País. Ou não é?

ex-diretora da Receita Federal desmoralizando Lula e Dilma com a verdade. E neste caso, o diabo não veste vermelho.
ex-diretora da Receita Federal desmoralizando Lula e Dilma com a verdade. E neste caso, o diabo não veste vermelho.

Meu reino por seis milhões
Publicado em 25 de agosto de 2009 (10h16)
Carlos Augusto Pinto*

Quatro doses e meia de uísque depois, um parlapatão que se diz entendido de GDF liberou algumas palavras sérias (e perigosas) num dos bares mais bem frequentados de Brasília: que um político da cidade, controlador de um partido, “vendeu” a sigla para a próxima campanha por R$ 6 milhões. Só não confirmou se a mãe também estava incluída neste pacote sombrio.

Conselheira Pedrosa

Um dos políticos mais próximos do governador José Roberto Arruda (DEM) afirmou a este site que dezenove dos vinte e quatro deputados distritais já têm posição firme sobre o próximo nome a ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas do DF. Trata-se da deputada licenciada Eliana Pedrosa (DEM), Secretária do GDF, aliada do governador e que, barrada nas suas pretensões de celebrar um vôo mais alto no Legislativo (Senado Federal), decidiu cair fora daquela Casa, verdadeira fábrica de títulos de Cidadão Honorário, Mensões Honrosas e, claro, algumas leis que interessam aos cidadãos. Em seu lugar entrará o suplente Raad Mtanios Massouhr (DEM), empresário, brasileiro naturalizado, que nasceu em Damasco, Síria. Eliana Pedrosa não era o nome preferido de Arruda, que queria a cadeira do TCDF para o seu chefe de gabinete e amigo inseparável, Domingos Lamoglia. Mas a manobra não vingou. Pelo menos desta vez. Mas podem anotar: se Arruda se reeleger, Lamoglia, que é engenheiro aposentado da CEB, vai acabar lá. Sério como é, ainda vai encher o saco de muita gente do Executivo que tem o hábito de driblar os princípios éticos da vida pública.

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Mais um bigode em queda livre
Publicado em 23 de agosto de 2009 (09h48)
Carlos Augusto Pinto*
Foto: José Cruz (Ag. Senado)

Solitário e abandonado: caminho escolhido…

Mestre em economia pela Universidade de Campinas, o professor universitário e senador Aloísio Mercadante Oliva (PT-SP) nos últimos dias nos ensinou como não se deve fazer política, se prestando servilmente à vontade de outrem, no caso o seu Chefe Luiz Inácio Lula da Silva, este sim, mestre dos mestres em política mundana de resultados.

Líder da bancada do PT, Mercadante há meses vinha se posicionando contra o movimento “fica Sarney”, patrocinado pelo Palácio do Planalto (em obras). Semana após semana se manifestava publicamente pelo afastamento do bigodudo José de Ribamar Sarney (PMDB-AP), envolvido em esquemas não-republicanos de má gestão, má-fé e perfídia com a coisa pública, que acabaram por remeter o ex-presidente da República à lista dos políticos que desprezam o eleitor.

Taciturno, daqueles que mal cumprimentam os seus pares, Aloisio Mercadante Oliva destacou-se durante a crise moral do Senado (ainda não acabou) como um valente e coerente petista, que enfrentou alguns pares subservientes e birrentos, estes dispostos a tudo para agradar o Chefe, que por sua vez mostra-se disposto a tudo para agradar o PMDB, mesmo àquele PMDB que não tem currículo, mas folha corrida.

Inconformado, indignado, sufocado pela repercussão (que ganhou as ruas) do escândalo na administração Sarney, Mercadante enfrentou como um leão a pressão dos “aliados” e da pequena parte da bancada petista que tem vocação para dar murro em ponta de faca, sem falar no bramido forte e estrídulo que ecoava das salas que abrigam Lula, Dilma Roussef & Cia.

Diante da derrubada dos pedidos de investigação sobre as decantadas denúncias que empurravam José Sarney para o abismo político, o líder do PT no Senado anunciou de modo definitivo, irrevogável, que renunciaria à liderança do PT. Ao mesmo tempo, a ex-ministra de Lula, Marina Silva (S/P-Acre), deixava a legenda e o seu colega Flavio Arns (SC) anunciava o desligamento “envergonhado com tudo isso”.

Lula não perdeu tempo e deixou vazar para a imprensa que não ia se mexer para manter o antigo companheiro na liderança. Lorota, balela. Queria mesmo era desidratar politicamente o líder. E olha que Mercadante fora vice de Lula nas eleições de 94 descartando uma reeleição certa para a Câmara. Registre-se ainda que na atual legislatura o senador paulista foi desprezado pela chusma palaciana. E que ao ouvir e aceitar o apelo de Lula, o economista e senador Aloísio Mercadante Oliva sofreu uma mutação de consequência incalculável para o seu futuro em São Paulo.

Deixou de ser um leão político, valente, de grande coragem, para se transformar em um mamífero digitígrado, um felídeo político. Um gatinho. Que pena. É mais um bigode em queda livre.

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Dois tempos
Publicado em 20 de agosto de 2009 (08h01)
Carlos Augusto Pinto*
Fotos: Antônio José*

Michel Temer, Presidente da Câmara, recebeu o editor de Brasília do braziliatoday.com, Carlos Augusto Pinto.

Chega a ser insípido, vazio e chato falar sobre as tempestades que vêm abalando o lado côncavo do Congresso Brasileiro por causa dos escândalos que envolvem o presidente da Câmara Alta, José Sarney (PMDB-AP), e o Conselho de Ética do Senado. Porém, a bem da verdade, logo ao lado, no belo convexo projetado por Oscar Niemeyer, o mundo político dá sinais de resistência e procura se afastar dos acontecimentos lamentáveis que se multiplicam no vizinho cenário.

E foi na reinauguração do agora decente restaurante do 10º andar da Câmara (virou uma escola de gastronomia do Senac depois de ter sido palco do famoso “mensalinho”) que encontramos o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP). Longe do plenário, ele confirmou para braziliatoday.com que vive um dos melhores momentos da sua longa vida pública: “Há muito não se via tanto entendimento nesta Casa (Câmara). Lamento por tudo o que está acontecendo no Senado… a pauta positiva da Câmara e o noticiário da imprensa apontam que a Mesa Diretora está no caminho certo”. Ele se referia à ausência de pecados políticos que possam provocar a indignação da opinião pública. Claro, depois de estancada a farra das passagens aéreas.

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Duplo recado
Publicado em 17 de agosto de 2009 (13h25); atualizado em 19 de agosto de 2009 (08h13)
Carlos Augusto Pinto*
Fotos: Antônio José* e Marcos Casal Jr. (Ag. BR)

Final da audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, após quase cinco horas de debates, perguntas repetitivas e várias grosserias por parte da chamada “tropa de choque Governo”, a ex-Secretária da Receita Federal, Lina Vieira, deu um duplo recado às cabeças mais coroadas da República: “Eu não mudo a verdade no grito…”, referência clara ao presidente Lula da Silva que um dia antes, em Goiânia, dissera berrando que era só confrontar as duas agendas (dela e da ministra Dilma Roussef) para se saber quem estava falando a verdade. Só que o encontro no Palácio do Planalto foi fora de qualquer agenda. E mais adiante: “A mentira não faz parte da minha biografia…”, querendo lembrar o recente episódio descoberto pela imprensa, no qual aparece um doutorado da ministra-Chefe da Casa Civil nunca registrado no Ministério da Educação. Lina confirmou o encontro que Dilma disse que nunca houve, pelo menos na lembrança dela. A ex-Secretária da Receita ainda pôs uma saia justa na base governista, mostrando-se disposta a se submeter a uma acareação com a candidata do presidente Lula à sua sucessão.

fonte: Brazilia Today