Do senador Casagrande: “uma foto vale mais do que mil palavras”

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PV, PT e PSB estão bem entrosados no sul do Estado. Contradizendo as principais manchetes jornalísticas, a fotografia tirada no encontro do PSB em Cachoeiro neste sábado demonstra o clima e o ânimo das principais lideranças dos três partidos no sul do Estado em relação a pré-candidatura do senador Renato Casagrande ao governo.

Da esquerda para direita: Professor Cléber, Presidente do PSB de Marataízes; Carlos Casteglione, Prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Renato Alves, Presidente do PV de Itapemirim, Waldir Fraga, Presidente do PV de Cachoeiro; Alexandre Bastos, vereador em Cachoeiro e Sargento Valter, deputado Estadual.

Presidente do TSE ressalta e exalta a lei contra a compra de votos

28 de setembro de 2009 – 09h00

Nesta segunda-feira (28), a Lei 9.840/99, conhecida como a lei contra a compra de votos, completa dez anos. Desde que foi publicada, a Justiça Eleitoral passou a adotar procedimentos de investigação de compra de votos com o objetivo de inibir a corrupção nas eleições. A lei surgiu de mobilização popular que reuniu mais de um milhão de assinaturas para que a proposta chegasse ao Congresso Nacional.

Na opinião do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto foi uma mobilização popular bem sucedida, porque resultou na aprovação da lei tal como proposta, num prazo recorde, e deixou o eleitor seguro para votar de acordo com a sua consciência.

Um ponto da lei destacado pelo ministro foi a proibição do uso da máquina admin istrativa para fins eleitorais e, em sua opinião, o mais importante é que ela está cumprindo os seus desígnios e tem sido aplicada de forma eficaz.

Ele defende que o eleitor não pode ser seduzido por meios materiais e diz ainda que uma lei que surge das instâncias populares, no plano da iniciativa, é uma lei que já nasce legitimada. “É uma lei que tem respaldo popular”, destaca o ministro que elogia a participação da população no processo eleitoral.

O ministro Ayres Britto ponderou também que protegido pela lei, o eleitor se conscientiza de que ser procurado para vender o voto é um “ultraje, uma desonra, é a maior das ofensas que se pode perpetrar contra o eleitor”.

Mas o ministro lembra que o voto não é só um direito, é também um dever. Ayres Britto diz que “temos o direito e o dever de votar bem para que os quadros representativos sejam bem produzidos ética e democraticamente” para fazer do Brasil um país cada vez melhor, a partir dessa seletividade, do critério rigoroso do eleitor ao escolher os representantes do povo.

“Não se pode fazer a separação entre democracia representativa, que é o nosso regime político por excelência, e eleição popular”, finalizou.

O Hospital “Elefante Branco” é a “Escola Técnica” do presente

A história do hospital no bairro Aquidabam, em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, inaugurada no tempo do prefeito Theodorico Ferraço, hoje deputado estadual pelo DEM, lembra muito a mesma trajetória da Escola Técnica Federal – hoje Cefetes – , pelo tempo de orfandade.
A Escola Técnica Federal foi reivindicação do saudoso Hélio Carlos Manhães, do antigo MDB, mas o projeto passou por vários governos posteriores: Gilson Carone, Roberto Valadão, José Tasso e pelo próprio Ferraço, que decidiu inaugurar, sendo no passado acusado pelos adversários de ter sido agoureiro quando no congresso nacional. Tudo em nome da política paroquial.
Hoje, depois de passados quase 10 anos, o Hospital que foi apelidado de Elefante Branco pelo empresário Camilo Cola, hoje deputado Federal, não consegue se transformar no objeto da verba federal, em meio, a enigmas e factóides, gerados de acordo com interesses dos governantes adversários. E que ninguém se propõe a debater é sobre o dinheiro indo pela descarga do contribuinte, sem mencionar o prejuízo direto e indireto para a população, independente de picuinhas politiqueiras.
O maior gesto de grandeza poderia partir do prefeito Carlos Casteglione (PT). Em vez de denunciar o problema, buscar no Estado seja estadual ou federal, a solução, e assumir a paternidade da obra. Não interessa parecer do TCU, o fundamental é regularizar se houve irregularidade. Ou será um raciocínio besta, este?

Ricardo Ferraço corre perigo com a conjuntura nacional

Quando o presidente do PT, Berzoini, chega ao cúmulo de dizer que Dilma parece madrasta e Marina mãe, gera, psicologicamente, para quem acompanha a política de bastidores, a sensação de que nem tudo que parece hoje, será o que vai aparecer amanhã.
Isto implica em dizer que a política nos Estados será ditada, mesmo não desejando seus líderes majoritários, pela conjuntura nacional. Ricardo Ferraço (PMDB) apostava tudo num palanque imbatível de Dilma Roussef, pupila de Lula, e pode até ser, mas no momento é contestável.
Com essa realidade mutável, metamorfose ambulante, o senador Renato Casagrande (PSB), vira o pesadelo do Palácio Anchieta, sem falsa modéstia, predito por este colunista há algum tempo. Intuição. Em minha opinião, também, Ricardo tem de ganhar a parada no primeiro turno no Espírito Santo. Segundo turno fica difícil. Por um motivo: Ajuntarão os que desejam se vingar do governador Paulo Hartung (PMDB). E a derrota de Ricardo serveria como bode expiatório. Mas, é só um parecer.

Jornalista declina de convite para esclarecer denúncias na Câmara

Cachoeiro de Itapemirirm, 28 de setembro de 2009.

Excelentíssimo Senhor Vereador José Carlos Amaral

Excelência,
Recebi com respeito o convite de Vossa Excelência para utilizar a Tribuna dessa Egrégia Casa do Povo, no horário destinado ao grande expediente, para esclarecer as denúncias veiculadas nos meios de comunicação.
Contudo, cordialmente, declino do convite, considerando o assunto em tela ser objeto, agora, oficialmente, de investigação judicial, sem mencionar que os esclarecimentos no Poder Legislativo, sem nenhuma Comissão para tal investigação, tornando-se inócuo o debate proposto por Vossa Excelência.
Nunca me escusei de atender ao chamamento oficial, inclusive, de comissões presididas por Vossa Excelência, mas neste caso, estaria prejudicando a ação em curso, conforme orientação jurídica de minha particularidade.
Havendo qualquer instituição de CEI ou algo que valha para fins institucionais, não me furtarei de atendê-lo ou qualquer outra autoridade. Com o material em mãos do vereador, sabidamente, já se pode criar juízo de valor.
Fico grato pela gentileza e parabenizo pela atuação do sétimo mandato de Vossa Excelência, mantendo sempre coerência no trato da coisa pública.
Atenciosamente,

Jackson Rangel
Jornalista e diretor da Editora LEIA