O governador Paulo Hartung (PMDB) não se lembra o último revés político, acho, pela situação privilegiada em que se encontra com aprovação elevada como gestor majoritário do Espírito Santo. Mas, a última pior derrota foi na convenção do PSDB, quando perdeu para o então pré-candidato e depois governador José Ignácio.
A introdução pode parecer nada a ver com o presente, mas tem. O governador tem seus medos e o maior deles não é fracassar em fazer o sucessor, mas o de não ser o político mais votado para o senado, o que deixaria de lhe conferir o título de maior líder do Espírito Santo, candidato a ministro de qualquer seja o presidente eleito. Vendo por este lado, ele pode atrapalhar Ricardo Ferraço, do seu partido, perder a eleição para governador. Inclusive, suas mixidas no taboleiro são questionáveis, a pretexto de ajudar seu vice ser viabilizado.
Não de modo premeditado abdicaria do desejo de fazer o sucessor, mas a cegueira do próprio poder pelo poder, na ânsia de afastar seus medos e fantasmas, o descontrole já tem indícios. Um dos monstros é o senador Magno Malta (PR), que enigmático na forma de fazer política, ninguém consegue enxergar seus pecados, somente os que sabem discernir espíritos. Paulo Hartung não entende essa linguagem espiritualizada para espantar o polivalente republicano. Entende de realidade e de pragmatismo, mas não de “missianismo com predestinação”.
Com essa resumida análise, Paulo Hartung, a partir de abril terá de olhar para o retrovisor se o “caçador de pedófilo” não está no seu cangote, e com isso, Ricardo Ferraço terá de se virar sozinho e, talvez, numa situação embaraçosa de administrar as vaidades, inclusive, as dele. Essa experiência Ferraço teve quando perdeu para o Senado para o mesmo Magno e Camata, este pode ser considerada uma vítima política do pastor e cantor evangélico.
Se o jogo for para o segundo turno, digo, sem receio, será muito difícil para o vice-governador alistar maior número de aliados do que pretende para o primeiro turno. E pior, se depressivo, como ficou com a perda da convenção tucana, Paulo Hartung tiver votação aquém do esperado, mesmo vencendo uma das duas vagas, tudo será muito desesperador para o cachoeirense Ricardo Ferraço. Se alguém dúvida, copie e guarde este artigo e depois coteja para ver se ficou longe da realidade. Escreve alguém, sem falsa modéstia, que sabe discernir espíritos.
CEI do “Elefante Branco” foi tiro no pé dos Democratas
a CEI denominada do “Elefante Branco”, que objetiva desventar as denúncias e fraurdes apontadas pelo Trbunal de Contas da União, por conta do convênio entre a Prefeiutra de Cachoeiro de Itapemirim e o Governo Federal para construção de hospital Materno Infantil, pode ser um tiro no pé dos democratas, proponentes da iniciativa a ser implementada pela Câmara de Vereadores.
Acontece que em 2004 o então prefeito e deputado estadual Theodorico Ferraço inaugurou a obra sem estar em condições de funcionar, confiando na palavra do Governador Paulo Hartung e no então secretário estadual da Saúde, Felício Scárdua, que participou do evento pré-eleitoral. Mas, o hospital nunca funcionou. Hoje, é sede da superintendência estadual da Saúde.
E para piorar a asituação, Ferraço teria inaugurado sem ainda ter recebido os recursos federais, numa transubstansiação de caixa, não entendível, pois somente no governo do prefeito Roberto Valadão (PMDB), as duas parcelas finais entraram no erário. A confusão foi formada, principalmente, quando da operação João de Barro, da Polícia Federal, que invadiu a prefeitura e um assessor entregou todo processo do hospital a título de tentar prejudicar Ferraço por desvio de recursos, superfaturamente e desvio de função do objeto da obra.
Quando apertado pela procuradoria federal, Carlos Casteglione processou os dois ex-prefeitos e os democratas inventaram a CEI, um tiro no pé, pois o único não culpado das denúncias provenientes do TCU, é justamente o prefeito atual, o petista. Então, a CEI, só pelo nome que leva o apelido dado pelo deputado Camilo Cola, já é pejorativa. E os resultados só podem atingir Ferraço e Valadão.
E os demais protagonistas, como Camilo Cola e Paulo Hartung, não vão entrar nesse emabate técnico e político. Faltou assessoria e isto não pode nem ser chamada de teoria do caos.
Empresas com pessoas suspeitas entrando em Cachoeiro
Dias desses saiu a imprensa loca de Cachoeiro de Itrapemirim – ES, uma foto do prefeito petista Carlos Casteglione, e mais três pessoas, anunciando a possibilidade do ingresso de uma empresa de coleta e reciclagem de lixo. Seria normal, porque é investimento para o Município, se não fosse pelo fato que um dos integrantes diretivos da empresa não fosse réu em processo de desfalque da ordem aproximada de meio milhão numa indústria da região.
Os homens públicos deveriam ter mais cuidado com quem andam e até checar suas fichas criminais, se bem que no caso da terra de Roberto Carlos, a safadeza no meio público é tão escandalosa, sem punição, que é rotineiro andar rodeado de assessores desqualificados e gente da pior qualidade, ao sol do meio dia. Se a pretexto da ingenuidade ou de proposital interesse, o tempo dirá.