Grupo de trabalho criado para anteprojeto da Comissão da Verdade

O Diário Oficial da União desta quinta-feira (14) publicou o decreto criando o grupo de trabalho responsável pela elaboração do anteprojeto que definirá a composição e as atribuições da Comissão Nacional da Verdade. O decreto foi assinado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com o secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.
A comissão, prevista no 3º Plano Nacional de Direitos Humanos, terá o objetivo de apurar responsabilidades pelos crimes e violações aos direitos humanos cometidos contra opositores à ditadura militar no Brasil (1964-1985).
De acordo com o decreto publicado hoje, a comissão deverá “examinar as violações de direitos humanos, a fim de promover a reconciliação nacional”. A Comissão também terá de “identificar e tornar públicas as estruturas utilizadas para a prática de violações de Direitos Humanos, suas ramificações nos diversos aparelhos de Estado e em outras instâncias da sociedade”. No decreto foi suprimida a expressão “repressão política”, que causou mal estar entre os ministros militares e dos Direitos Humanos. Mas outros pontos polêmicos foram mantidos.
Entre esses pontos estão a tentativa de controle da imprensa, a não punição às invasões de terra e o debate em torno da descriminlização do abordo e da união civil homossexual, que foram criticados por entidades como Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão (Abert), da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Diário de Um Evangelista – Assim como Elias

A coragem, o destemor e o poder de Deus que se reveste na fraqueza de seus profetas são, pela fé, o caminho da provação ou iniciação para todos aqueles que, como Elias, labutam para ser transladado sem morrer. No meu caso, longe da espiritualidade desse servo, luto diariamente com os sacerdotes de deuses estranhos, sem vencê-los todos, mas sendo afligido pelas tentações de anjos perturbadores.
Mas, o ponto central da descrição por hora, não tem muito a ver com a introdução. Sinto-me como Elias, com medo de Jezabel, devassa e destruidora implacável. O profeta se refugiou depois de muitas vitórias miraculosas, indescritíveis, até mesmo aos olhos espirituais. Ele se sentiu só. E desejou a morte. Foi parar numa caverna e murmurar, sentindo-se pior do que seu pai.
No momento estou sendo alimentado pelo anjos do Senhor, porque não tenho dúvida de ser mais do que vitorioso em Cristo Jesus. Mesmo assim, submisso ao meu Deus, não consigo sair da caverna, tremendo de medo, não pelo que a rainha possuída pode me fazer, mas pela desesperança da pregação, como Jeremias num Ministério de 40 anos sem ninguém dar crédito à sua profecia, desejando ele também a morte.
Contudo, aguardo a voz do Senhor me chamar pare fora da caverna. E ouvindo a sua voz, tenho certeza de que posso seguir de volta ao caminho, sem medo algum de passar pelo vale da sombra da morte, porque saberei que Ele não estará no terremoto, no vento e nem no fogo, mas testificando com o meu espírito, no templo feito pelas Tuas próprias mãos. Enquanto isso, o terror me consome.
Pode parecer paradoxo para quem ler, pois escrevo sobre a certeza da vitória e lanço duvida sobre a escuridão da caverna em que repouso, porém, são os mistérios de Deus que me conduzirão para a luz, para profetizar aos que já não dormem na fria fenda da montanha, mas perecem no poço da mais profunda depressão maligna condutora do inferno. Oro, mas devo ouvir a voz do Senhor.
Imploro ao Senhor que me pegue pelas mãos como criança e conduza-me, com a voz mansa e suave para o campo das feras mais cruéis e suas artimanhas. Nada pode me separar do amor que está em Jesus Cristo. Contudo, enquanto estiver na caverna, espero com paciência no Senhor, que seja longânime e bondoso com este teu servo. Assim seja.