Nem só de obras, programas de governo e alianças vivem os pré-candidatos à Presidência da República. Antes de ir aos palanques e discursar sobre suas pretensões caso assumam o cargo máximo do Executivo, os “presidenciáveis” buscam melhorar sua imagem dando “trato” no visual. De cirurgia plástica ao guarda-roupa renovado, José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) parecem acreditar que a estética é um fator que pode lhes ser útil na hora da escolha dos eleitores.
A ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por exemplo, foi uma das primeiras a fazer mudanças em seu visual. Ela começou com pequenas alterações, como deixar de lado os óculos. Logo após, teria passado por possíveis cirurgias no rosto e no pescoço, que a assessoria do ministério negou na época, e mudou o tom dos cabelos, deixando-os mais claros e repicados. A revista Época online chegou a publicar, em janeiro do ano passado, quais teriam sido as intervenções pelas quais a petista teria passado – olhos, testa, bochechas e pescoço. Hoje, seus cuidados indispensáveis incluiriam guarda-roupa renovado, com peças mais requintadas, e uma maquiadora que a acompanha em seus compromissos.
Já o ex-governador de São Paulo, José Serra, passou por duas intervenções cirúrgicas. Em uma delas, retirou as bolsas de gordura ao redor dos olhos. A outra, por sua vez, foi para uma alteração do contorno das gengivas, para deixar o sorriso mais expressivo, completado com um clareamento dentário. Marina Silva, que nunca foi taxada como vaidosa, é outra que promoveu mudanças estéticas consideráveis. Se há algum tempo ela circulava com coques nos cabelos e roupas largas, hoje, sem os óculos habituais, ela desfila com cabelo amarrado e com um novo guarda-roupa, que inclui vestidos longos com cintos marcando a silhueta.
Apesar dos esforços dos pré-candidatos, há controvérsias sobre os efeitos dessas modificações. Muitos especialistas em marketing político costumam afirmar que consideram intervenções corretivas, como retirada de pálpebras caídas, positivas, mas não aconselham aquelas mudanças puramente estéticas.
As verdadeiras mudanças que gostaríamos de ver em nossos políticos são internas, como uma maior preocupação com quem realmente precisa do amparo do governo, que são as pessoas de menor poder aquisitivo, e não externas, pura maquiagem que tenta disfarçar quem eles realmente são.
CurtirCurtir