Disputa pelo Senado no ES pode ser reedição da eleição de 2001

 

Nas eleições majoritárias em 2001 para Senado poderá ser uma reedição de2001. Os principais candidatos voltam em cena: Ricardo Ferraço (PMDB) e Magno Malta (PR). Os dois, na oportunidade, travaram uma luta aparte, quase da mesma forma, com o peemedebista, naquele momento no PPS, se lançando de modo imprevisível, também, fazendo dobradinha com o Paulo Hartung, candidato a governador pelo PSB. Agora terá de andar novamente com um socialista, Renato Casagrante, seu substituto shakespeariano.

 A disputa, igualmente, para duas vagas, ou seja, com o leitor em condições de definir dois votos: Deu Magno Malta (PR) e Gerson Camata (PMDB), respectivamente. Outra semelhança é a presença de Rita Camata (PSDB), em substituição ao marido que está pendurando as chuteiras, não se sabe até quando.

 Naquela eleição, João Coser (PT) também participou e ficou em terceiro lugar no resultado geral, com Ricardo empacando em 19% nos votos válidos,em quarto lugar, com 582.318 votos. Foi um golpe duro nos Ferraço. Seu pai, Theodorico Ferraçao, era prefeito de Cachoeiro, onde o filho ficou em terceira colocação. Dentro de casa não mereceu a devida honra.

 O momento é outro, mas a história não garante que não se repitirá. Ricardo Ferraço, acredita-se, mal assessorado, tomado por sentimentos negativos por ter sido retirado a força de uma disputado em que se prepara há 8 anos ou a vida toda, para ser governador do Espírito Santo, busca nova aventura sem alicerce, senão por pesquisas inconfiáveis. Ele deixa órfãos muitas lideranças e até o eleitorado, hoje, disperso. Não pode errar novamente, porque será o fim da trajetória política e da dinastia ferracista.

 Alguns pontos relevantes devem ser clareados. Primeiro erro: Ricardo Ferrão não deveria ter abandonado seus sonhos e projeto de vida. Segundo erro: Ricardo Ferraço não deveria se lançar senador sem ouvir todos os seus amigos e não apenas um pequeno grupo. Uma simples enquete deste Blog mostra que maioria acha que ele não deveria vir a nada, talvez pela demonstração de fraqueza. Há risco de ficar sem mandato. E terceiro erro: Lançou-se pré-candidato a senador fora do núcleo do sul do estado, lugar de sua origem. Muitos dos seus eleitores e correligionários consideraram um desrespeito.

 Se a história se repetir, Rita Camata pode tomar a sua vaga, porque o eleitorado de Magno Malta está consolidado para mais de 50% e tende a crescer, assim como a tucana, com ajuda do marido. Enfim, ele pode estar entrando no túnel do tempo e pode se olhar naquele passado não muito feliz. Estava na companhia, de novo, daquele que lhe tutorou (PH) e ainda o faz, mesmo Ricardo negando proximidade, sem convencimento. Esta falta de clareza também descredencia o peemedebista, porque tudo parece factóide gerado para o engodo, neste mundo pós-modernista intolerante com a dissimulação.

 Porém, a história tem o direito também de não se repetir e traçar um destino mais otimista para a maior vítima do mercado político que se tem conhecimento.