Por Jackson Rangel Vieira, jornalista
Defendo a tese desde muito sobre a parcialidade de todos os meios de comunicação no mundo. Não pesquisei para conhecer o autor da chamada “imparcialidade” da Imprensa, mas se existe foi um farsante.
Todo veículo de informação tem no seu núcleo editorial a parcialidade ideológica ou de pensamento, mesmo revisionista. E nos dias de hoje se evidencia ainda mais a digital da verdade relativa de cada órgão noticioso.
Está aos olhos vistos, mas por ignorância ou por parcialidade, alguns pseudopensadores, fundamentalistas, querem criticar o que desconhecem. Acaso, uma rede de comunicação evangélica vai ser imparcial quanto às suas doutrinas? O catolicismo vai ficar ouvindo o outro lado ao se tratar de seus dogmas?
A Rede Globo sabidamente tenta ser ecumênica, mas tem fortes raízes com o espiritismo. A Rede Record é do Bispo Edi Macedo, sustentada pela Igreja Universal. Enfim, todos os veículos tem direção com visão parcial de muitos temas, mas não avisam ao leitor, inferindo linguagem subliminar, muito pior.
Com a pluralidade de ideais e diversidade de órgãos de informação, incluindo os oficiais de corrente pública, não existe a chamada “imparcialidade”. Cabe ao leitor, ouvinte e telespectador fazerem o cotejo entre as informações, lendo o jornal de sua preferência, trocando de estação ou canal. O que passar disso é pura hipocrisia.
Nos EUA e outros países mais avançados na liberdade de expressão, a linha editorial parcial está dentro da normalidade, defendendo o candidato de sua preferência em quaisquer tempos, mesmo em período eleitoral, enquanto no Brasil, o arcabouço jurídico tem células tutelares provincianas para coibir a opinião.
Há de se saber que esta liberdade, partindo para a libertinagem, está colocando em risco a credibilidade do veículo, logo sua saída do mercado. Ou seja, os meios de comunicação sofrerão sanções de mercado se não atenderem, na sua linha editorial, as camadas atingidas. Simples assim. Mas, o que vemos é uma anômala bolha de proteção a um sistema falido, próximo da ditadura civil que só beneficia títeres.
Liberdade se não for ampla, não é liberdade! A opinião deste jornal é a opinião deste jornal para ser comparada às outras de outros veículos. Não é preciso cientificar isto. É simples assim.
Concordo, em parte, com o texto. Acho também que o veículo de comunicação deve ter posicionamento parcial e claro diante de uma notícia. O que não concordo, e aí faço uma crítica direta ao Jornal Folha do Espírito Santo (do qual sou leitor assíduo) é veicular uma notícia sem confirmar a veracidade da mesma. Só porque ouviu de alguém não significa que é verdade. Vira histeria e soa como denuncismo. A parcialidade deve ocorrer, em minha opinião, APÓS a confirmação da notícia e em caráter opinativo, dando a chance ao leitor de discordar do posicionamento do editor. Do jeito que a Folha procede, o posicionamento acontece ANTES, pois o Jornal só veicula a notícia que é de seu interesse e sem confirmar a sua veracidade. São inúmeros os casos, Jackson, em que as denúncias feitas precipitadamente não se confirmaram, trazendo prejuízos incalculáveis aos ofendidos por acusações que depois se revelaram falsas. E, sinceramente, nunca vi a Folha do ES voltar atrás, ou reconhecer que errou. O jornal é um veículo poderosíssimo, e, diante da falta de cultura de nosso povo, às vezes é o único a que as pessoas têm acesso. Uma notícia inverídica e não desmentida é muito mais prejudicial do que uma verdadeira seguida da opinião do veículo de comunicação.
Abs.
Victor Martins
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Amigo Victor, obrigado pela forma respeitosa como produziu seu comentário. O pricípio básico do jornalismo é noticiar com provas. A Folha não abre mão de sua linha opinativa, analítica e investigativa. Agora, se você me apontar uma notícia, uma sequer, publicada de ouvir dizer sem ser verdade,publicada pela diário, eu abandono a profissão!Espero que seu comentário não seja em torno das inúmeras denúncias políticas, porque estas ficam aquémdaverdade. Sempre é muito mais de bandidismo! Estou sendo enfático porque justamente é ao contrário.Os denunciados fazem questão de reverberar que o jornal mente, contudo, a maioria dos eleitores sabe que a Folha não se vale de denuncismo. Este jornal enfrenta , sim, poderosos: delegados, empresários, promotores, juizes, e todo tipo de corrupto que se apressa em processar em conluio. Antes de ser jornalista, sou cristão, evangelista. Minha obrigação primeira é com Deus e minha consciência!E para concluir, família de bandido fica sentida sim, mas não posso me omitir em ter sede e fome de Justiça. A corrupção mata e arranca línguas!
Abs
Jackson Rangel Vieira
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