O Casamento Não É Sagrado (I)

*Por Jackson Rangel Vieira

 

Direto ao tema: o casamento não é um sacramento. A Igreja o instituiu indissolúvel a partir do Concílio de Trento, da Igreja Católica, realizado de 1545 a 1563, depois de esta instituição passar por muitas fases na história da união entre o homem e a mulher.

Quando Deus criou Adão e Eva foi no Édem, casal sem pecado (GÊNESIs cap.3:20). Após desobedência, e a expusão do cônjunge, nova forma de família se estabeleceria para povoar a terra, com acasalamento entre si:  irmãos, primos, sobrinhos e parênteses, durante longas datas(GÊNESIS cap. 4:19).

Em seguida, a poligamia, ou seja, um homem e duas ou mais mulheres, foi predominante (GÊNESIS  cap. 21:12) na cultura do povo hebreu e chegou à transinção para o povo de Israel (I REIS cap. 11:3). Não consta repreensão de Deus sobre os formatos de famílias e o “amor” que os sustentava.

 A Igreja, depois, após o advento do no Novo Testamento, focou sua doutrina – não a da Bíblia – sobre o combate ao divórcio, permitido por Moiséis (MATEUS  (cap. 19:7), de modo condicional, mas o uso e costume deformou o objetivo inicial para extravagâncias vulgares de dispensa da esposa para substituição de outras. Sem, determinação de limite e motivo.

Jesus Cristo, somente quando provocado sobre este assunto sociail, estabeleceu que o divórcio não era a melhor solução. Pregou a dissolução somente em caso de prostituição (MATEUS  cap. 5:32 ) por um das partes do casal, ficando a vítima à vontade para novamente se casar com outro. Hoje em dia, Jesus, por certo, incluiria violência doméstica ou qualquer outra agressão a um dos pares para a separação.

A fala do Filho do Homem foi direcionada ao judeu (a palavra era para o judeu e não para os gentios) sobre os efeitos de novo casamento, sem não antes estabelecer que até em pesamento se cometia adultério (MATEUS  cap. 5:28 ), lei espiritual, válida para a mulher e para o homem. Quantas vezes você já adulterou nos termos do Messias?

Mas, Jesus Cristo se importava com a felicidade holística da humanidade. Casamento era parte dessa preocupação, contudo nada a ver como premordial para a construção anunciada do seu Reino. Exemplo clássico foi o contato questionado do Messias com a mulher Samaritana (João 4: 17-18), casada por cinco vezes e em laço de concumbinato com o sexto.

A sua condição não interveriu na mensagem da salvação pelos lábios samaritanos de uma ímpia que creu e , ainda, foi e pregou para a sua aldeia, (João 4:39) salvando a muitos, talvez, até casais no formato dela. Jesus não pediu que ela deixasse o companheiro, antes adorasse a Deus em espírito e em verdade (João4:24).

Em síntese, para concluir esta corrente de pensamento, Jesus se deparou com os saduceus, uma parte da Igreja da época que não acreditava em anjos e nem em céu, como muitos nos dias de hoje. Eles perguntar: “pela lei de levirato (casamento subsequentes de uma mulher, viúva, com vários irmãos), em caso de casar sete vezes, morrendo todos, com quais dos maridos ela ficaria! Então, o Mestre respondeu: “Errais não conhecedo as Escrituras, porque no céu não se casa e nem se dá em casamento”, logo, ela não se juntaria por escolha com nenhum dos seus cônjuges ( Lucas 20:35).

Ora, se somente o amor prevalece entre a fé a esperança no mundo espiritual vindouro (I Corintios 13:13),  se não desconhecer que este amor não tem interligação coma  afetividade e nem com eros, mas somente Ágape, oriundo do próprio Deus. E que o casamento não tem serventia no Céu.

Porém, a Igreja de hoje prega campanhas em favor da família, discrimiando as samaritanas e do pai só com filhos; da mãe com filhos; dos bastardos com sua prole. Uma hipocrisia bestial, sem dizer a rejeição desses convertidos no serviço do Senhor. Falta mensagem para os casais recasados, divorciados e juntados e igualá-los ao casamento único.

Sobre família homoafetiva, esta não existe na criação de Deus em nenhuma linha do tempo (I Corintios 6:9), antes condenada em toda a história, até porque não é possível a reconstrução da humanidade, caso fosse necessária, por meio de mulher com mulher ou só homem com homem, como foi entre Adão e Eva.

O Corpo de Cristo carece, urgentemente, de mensagens salvíficas para as famílias em todas as suas formas, destruídas, reconstruídas e intactas, sem omitir a salvação que não faz acepção de pessoas. Mensagem difícil e dura para a Igreja com seus usos e costumes, dogmas e doutrinas. Jesus Criisto está acima de tudo isto!

 

*Jackson Rangel Vieira é evangelista presidente do Ministério IDE