*Jackson Rangel Vieira
Pupilas estão dilatadas. Os lábios trêmulos. Os pensamentos em profusões. O corpo goteja suor. O calor provoca combustão entre dois.
Verão despindo os amantes. Já tocados e abrasados, buscam racionalizar aquele momento. Porém, instinto animal e primitivo se revolta.
Os cabelos são apelo para retorcer levemente para cavalgadas e fantasias. Em posições revezadas, as almas se entrelaçam sem desate.
Feixes de luzes entram no quarto e repousam sobre carnes contorcidas e conectadas. Parece não haver fim. O prazer vem de todas as partes.
Ápice. O gozo. Ambos prontos para esguicharem fluídos líquidos e viscosos, lavando a pele um do outro. A pelugem deitada e deslizante.
Depois de tantas trocas de amor. A despedida parece a morte. Porém aquele momento se alonga há décadas sem fadiga. Só deleite! Eros.
*Jackson Rangel ´Vieira é jornalista
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