*Jackson Rangel Vieira
O deputado federal Camilo Cola (PMDB) chegou ao ponto mais rasteiro de fazer política. O Empresário que anseia ser conhecido como marcante político capixaba e cachoeirense, será apenas lembrado por manobras políticas paroquiais. Tem a coragem de praticar crime de nepotismo cruzado, abrigando esposas de vereadores de Cachoeiro de Itapemirim-ES, simplesmente para manter o controle político do Legislativo e do Executivo, onde também tem apadrinhados.
Para relembrar como as esposas “fantasmas” foram parar na relação do Gabinete do Deputado, é só fazer remissão do tempo quanto à negociata envolvendo o deputado estadual Glauber Coelho (PR) e seus vereadores Renato Lino, o Ratinho, e Alexandre de Itaóca, ambos, ainda, do partido republicano. Em final de dezembro, às vésperas da eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores, aliados do parlamentar municipal, Alexandre Bastos (PSB) traíram o socialista, inclusive os dois vereadores, que assinaram documento de compromisso de votar no colega para presidente.
As vantagens oferecidas por Camilo Cola, em reunião em sua residência, e as do prefeito, assegurando cargos para familiares dos vereadores para manter Júlio Ferrari (PV) presidente da Casa, valeu de tudo. Mas, para o quase centenário deputado federal foi mácula de desonestidade para com o eleitorado. Abrigar esposas de vereadores, cooptando-os para se prestarem a este serviço de politicagem, sobrepôs a muitas outras impropriedades do dublê de político. Impor o poder econômico para controlar dois poderes de Cachoeiro, passou do ponto.
Enquanto o deputado pratica este crime de nepotismo, de alçada federal, o prefeito Carlos Casteglione (PT) reforçou o mesmo delito dando cargos para os vereadores Lucas Moulais (PTB), empregando uma sua irmã, Irene Moulais; Renato Lino, emplacando o seu irmão, Adilson Lino; e , Braz Zagotto, também petebista, a quem ofereceu um mísero salário para empregar seu filho Breno Zagotto. Essa relação incestuoso justifica porque Alexandre Bastos perdeu a presidência da Câmara e porque o Legislativo nunca investigará o prefeito em CPI.
Vale lembrar que não se estar mencionando outros vereadores que trocaram suas atribuições de fiscalizar, para dizer amém ao Executivo, por cargos de cabos eleitorais e familiares de terceiro grau, fora do nepotismo. Para quem não conhece a legislação, no caso das esposas dos vereadores, o Ministério Público, de praxe, formaliza a denúncia e envia para o Ministério Público Federal.
Abaixo, a relação dos funcionários lotados pelo Gabinete do deputado federal Camilo Cola e o grifo debaixo dos nomes das esposas dos vereadores Ratinho e Alexandre Itaóca: