
A surpresa da sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Cachoeiro de Itapemirim-ES foi uma reação atípica do socialista Higner Mansur. Ele é visto como um gentleman da política cachoeirense, de fala articulada, culta e literária, porém da tribuna deu um soco acompanhado de um grito que foi ouvido em todos os quadrantes do prédio da Casa de Leis.
Quem presenciou deu um sobressalto e fitou os olhos em suspense pela boca tem quem veio. Foi um grito de protesto, literal, figurativo e metafórico. Foi uma sinalização contra o atropelamento das pautas de projetos que ludibriam os trâmites normais ou morais. Sua indignação foi bem entendida.
Essa sessão será marcada, talvez, historicamente, como “O Grito de Mansur”. O recado foi assimilado pelos colegas. O pequeno grande parlamentar aceita perder no plenário, sem espernear, contudo, dentro do arcabouço regimental, constitucional e da Lei Orgânica.
Depois do “Grito de Mansur”, ninguém sabe de que forma pode ser expressada a sua próxima indignação.
O vereador é um representante do povo e este tem que tomar decisões para o povo
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