Visita de Lula ao Espírito Santo foi um fiasco e revela uma bolha eleitoral

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O presidenciável Luiz Inácio Lula (PT) passou pelo Espírito Santo na sua caravana quase que desapercebido. Não conseguiu reunir correligionários suficientes que justificam a condição em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais.

Pequenos grupos ouviram algumas palavras do ex-presidente que externava o desânimo pela pouca movimentação dos capixabas. Desistiu de entrar na cidade de Cachoeiro de Itapemirim-ES, governada 8 anos pelo Partido dos trabalhadores.

O ponto de partida mais vexaminoso aconteceu na localidade da Safra, Município de Itapemirim, fronteira com entrada na cidade cachoeirense. Cerca de 40 pessoas compareceram ao apelo aonde discursou sem nenhuma temática de interesse nacional, repetindo as críticas ao Juiz Sérgio Mouro e ao Ministério Público.

Lula não terá palanque majoritário no Estado e foi a primeira vez que visitou o Espírito Santo após deixar a Presidência da República. Na época idolatrado pelo espirito-santense pelos recursos liberados para colocar as contas da Fazenda Estadual em equilíbrio, como a liberação antecipada de R$ 300 milhões de royalties para colocar a folha de pagamento em dia no primeiro mandato do governador Paulo Hartung (PMDB).

 

 

Robótica eliminará até 800 milhões de empregos daqui a 2030

Um relatório destaca que países desenvolvidos serão os mais afetados pela automatização.

Em países em desenvolvimento o impacto será menor devido aos baixos salários

RICARDO DELLA COLETTA – El Pais

Cidade do México 

Dois participantes observam um robô industrial em uma feira de robótica em Tóquio.
Dois participantes observam um robô industrial em uma feira de robótica em Tóquio. FRANCK ROBICHONEFE

Entre 400 e 800 milhões de pessoas em todo o mundo serão afetadas pela automatização e terão de encontrar uma nova ocupação até 2030, segundo um relatório realizado pela consultoria McKinsey Global Institute.

O impacto das novas tecnologias na vida dos trabalhadores será sentido sobretudo nas economias mais desenvolvidas. Segundo o relatório, até um terço da força de trabalho de Estados Unidos e Alemanha terá de aprender novas habilidades e encontrar outra ocupação. No Japão, a porcentagem de afetados poderá chegar a quase a metade dos trabalhadores.

Os efeitos do fenômeno calculados pela consultoria variam segundo a projeção que se leve em consideração: se a automatização das economias avança a um ritmo intenso ou gradual.

Os responsáveis pelo documento da McKinsey afirmam que os baixos salários no México, por exemplo, levarão a um impacto menos intenso da automatização no país latino-americano: do total de 68 milhões de pessoas que comporão a força de trabalho mexicana em 2030, cerca de 9 milhões serão afetados.

“O México tem uma população jovem e uma força de trabalho que está crescendo. O nível dos salários pode diminuir a implementação da automatização no país”, destaca a consultoria.

A McKinsey analisou o efeito da robotização em 46 economias que representam quase 90% do PIB mundial. Além disso, fez projeções detalhadas do impacto da automatização em seis países: Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, México e Índia. A consultoria destaca que os países têm de encontrar formas de realocar os trabalhadores substituídos pela automatização. “Nos cenários em que alguns dos substituídos levam anos para encontrar um novo trabalho, o desemprego cresce em curto e médio prazo. Em longo prazo, se reduz o desemprego e o mercado de trabalho se ajusta, mas com um crescimento menor dos salários”, afirmam.

Além disso, as mudanças tecnológicas atingirão com mais força os trabalhadores com menos estudo. As pessoas com formação universitária e pós-graduação serão menos afetadas. Entre as atividades mais prejudicadas destacadas pela consultoria estão os operadores de máquinas e os funcionários de redes de fast food, além de trabalhadores que fazem coleta e processamento de dados.

“As profissões altamente dependentes das atividades que identificamos como mais suscetíveis à automatização — trabalhos físicos ou processamento de dados — serão provavelmente as mais afetadas”, afirmam os responsáveis pelo relatório. “Ocupações que exigem alto nível de especialização ou uma alta exigência de interação social e emocional serão menos suscetíveis à automatização até 2030”, dizem.

Apesar dos efeitos esperados no mercado de trabalho, os pesquisadores destacam que a inovação, o crescimento econômico adequado e os investimentos podem gerar empregos suficientes para compensar os postos de que serão perdidos pela automatização.

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