
São 00h30 da madrugada do dia 12 de fevereiro. Estou com uma vazio no coração. Seria desumano não senti-lo. Uma melancolia rara em momento de pausa numa guerra entre mundos: interior versus exterior. Sempre fui uma nascente de múltiplos sentimentos. Parabenizo a mim por por me equilibrar nesse paralelismo.
Não é fácil explicar o vácuo com palavras escritas e nem faladas. Acredito ser um espécie de falta de expectativa por tudo vivido, empurrando-me para uma falta de interesse motivador. Como se houvesse um bloqueio, um tipo de limite por me considerar um dinossauro a espera da extinção.
Tenho levantado cansado. Tenho tentado descansar à beira de levantar. Um ciclo de lutas repetidas. Com percepção aguçada. Discernimento aprimorado, custa-me caro, com dores, antecipar-me aos fatos e tentar ingerência sem ser convidado a isto pelas pessoas ao meu entorno. Com isso, decepciono. Assusto!
São poucos os seres viventes que me conhecem. A minha mãe não conta. Ela sabe quem sou desde o seu ventre. A meditação solitária sempre me foi aprazível. Conheci-me bem assim. Olhando-me para dentro. Orgulho-me desse estilo de construção. Faz-me forte além dos que me mensuram nesse quesito. Sou quem sou e gosto de sê-lo.
Enquanto muitos se matam em ter para ser, desde criança nunca sonhei em obter coisas como referência humanista. Sei viver com nada, com pouco e com muito, assim como também se descreve o apóstolo São Paulo. Nos meus textos, sempre faço referência espiritual. Sabe por quê? Sou holístico e não tenho vergonha do meu Deus. Por hoje basta!
O meu vazio é um cisco no oceano de infinitos preenchimentos transbordantes. Acompanha-me se não for prejudicial à sua saúde.