
Uma planta tem muito a ensinar ao reino animal humano. Sua forma sustenta os frutos e as folhas a partir da raiz. Não importa a envergadura, será sempre vertical. Sangra também. Sulcos viscosos para alimentar outras cadeias menores, mantendo o equilíbrio da flora e da fauna.
Os caules são extratos da materialidade do conhecimento no espaço e tempo perpassando eras de multidões de gente de todas as Índoles e cores, debaixo de estações das mais punitivas. O caule é um expectador privilegiado das pegadas humanas e de suas loucuras.
De toda espessura, seu formato circunferencial e caloso com micros rasgos serve para apoio das mãos e dos pés. O caule pode até virar uma arma na destreza de um artífice na busca da sobrevivência ou da satisfação pela malignidade solitária.
Quem vai saber a motivação para se escrever sobre o caule. Que diferença fará poetizar um mastro importante para o universo e seus seres medíocres, mesmo para os mais altivos? Talvez, talvez, como alavanca foi de eficaz serventia ao homem para construir sua própria selva de pedras.
Agora, se o caule inspira alguém a projetar variantes veias de algum raciocínio elevado para tornar uma vida mais misericordiosa em minúsculo espaço de texto próximo de algo psicodélico, já vale à pena analisar o escarro da raiz sobre a terra que lhe atura com as unhas fincadas em profundidades longas e esparramadas.
Isto leva a uma leitura futura se estripada pelo autor em outro nível: a interligação.