Estou pronto

No século em quem vivemos, sabemos de tudo e não sabemos de nada. Partindo desta premissa, a ignorância nos consome. O nosso propósito maior está no agora sem nenhuma garantia do relativismo da vida e do absolutismo da morte, independente de religiões e crenças.

Entramos na fase centrífuga. Nosso ego afasta e distancia tudo e a todos. Com os habitantes da terra adoentados de corpo e alma, a fuga nem é uma opção. A humanidade foi destituída de sua redenção por causa de um fruto e de uma serpente falante na árvore da ciência.

A gente quer acreditar em mundos paralelos sem cobra e sem sexo. Sem compromisso com essa difusão de doenças mentais e físicas, um novo céu e uma nova terra. Antes, estamos espremidos entre o tempo e o espaço. Somos manco na equação dos instantes construídos desde da placenta.

Estou pronto – primeira pessoa – para ir, ficar e voltar. Estou preparado para passar pelo portal. Para sentir qualquer disponibilidade disponível do que não sei. Estou pronto para qualquer decisão e seus efeitos colaterais. Meu HD está quase cheio. Estou pronto para uma formatação.

Esta crônica, talvez não tenha nenhuma pouco de serventia para o leitor. Contudo, sinto-me bem em externar que estou pronto para o que isso significar.

O caule

Uma planta tem muito a ensinar ao reino animal humano. Sua forma sustenta os frutos e as folhas a partir da raiz. Não importa a envergadura, será sempre vertical. Sangra também. Sulcos viscosos para alimentar outras cadeias menores, mantendo o equilíbrio da flora e da fauna.

Os caules são extratos da materialidade do conhecimento no espaço e tempo perpassando eras de multidões de gente de todas as Índoles e cores, debaixo de estações das mais punitivas. O caule é um expectador privilegiado das pegadas humanas e de suas loucuras.

De toda espessura, seu formato circunferencial e caloso com micros rasgos serve para apoio das mãos e dos pés. O caule pode até virar uma arma na destreza de um artífice na busca da sobrevivência ou da satisfação pela malignidade solitária.

Quem vai saber a motivação para se escrever sobre o caule. Que diferença fará poetizar um mastro importante para o universo e seus seres medíocres, mesmo para os mais altivos? Talvez, talvez, como alavanca foi de eficaz serventia ao homem para construir sua própria selva de pedras.

Agora, se o caule inspira alguém a projetar variantes veias de algum raciocínio elevado para tornar uma vida mais misericordiosa em minúsculo espaço de texto próximo de algo psicodélico, já vale à pena analisar o escarro da raiz sobre a terra que lhe atura com as unhas fincadas em profundidades longas e esparramadas.

Isto leva a uma leitura futura se estripada pelo autor em outro nível: a interligação.

Um dia fatídico

Um fundo musical melancólico. Múltiplas escolhas. Ouvindo palavras por ouvir. Sentindo um final infeliz. Vidas de dores de todas as intensidades, mas sem arrependimento. Todos crescem com o respirar, ofegante ou não. Quando se nasce, não se pertence. Não se busca algo claro nas frases enquanto faltar ordem, apenas muitas curvas.

Desistir não é uma opção. Depois do reinício vem outros e mais términos de ciclos. Uma esquizofrenia. Existe longo caminho de formação de caráter dentro de uma personalidade esbanjando valores relativos. O absoluto? Sim, existe, tudo que você é, na sua perspectiva, é inflexível, literal, sem interpretações. Somente aos olhos alheios você é subjetivado!

Um dia difícil produz lamentações. Sensação de impotência. Motivo para abrir o mar de lágrimas. Mudar a montanha de lugar é bem mais fácil do que vestir uma alma a prova de vaidades, orgulho e narcisismo antropofágico. Escrever sem compromisso com a lógica é o ápice da felicidade a partir de si mesmo. Pontuar, virgular e reticência.

Quando o corpo desmancha, quase nenhuma serventia tem. Só o cérebro funcionando é a proximidade do abismo porque ninguém se afeiçoa pelo seu pensar. Somente o físico atravessa a ponte da satisfação e eclode em prazer pleno por alguns segundos. A mente guarda a verdadeira vida, os segredos mais indescritíveis, inefáveis.

Hoje, foi um dia fatídico. Daqueles, sem mensuração, sem altura, profundidade ou largura. Um dia fatídico.

Afinal, quem é normal?

São 2h19 da manhã do dia 05 de maio de 2022. Horário da primeira teclada. Pois bem! Há muita confusão no mundo de antes, de agora, e também no porvir. Afinal, existem seres racionais e irracionais andando por aí! As regras para estabelecer algum controle moral e ético pela perspectivas de seus autores, ao meu ver, limitam o expansionismo mental.

Essa limitação behaviorista, de observar os elementos subjetivos, contribui para o avanço das maiores idiotices comportamentais. O sistema está à beira da implosão. As pessoas estão em um campo de perguntar-se: “sou normal? Por qual parâmetro? Qual a referência digna de confiabilidade para ofertar um diagnóstico por conta dessa histeria coletiva.

A saúde mental é negligenciada em toda organização cultural que se pode ter notícia. Cuida-se do corpo muito mais por exigência dessa loucura em chegar ao ápice narcisista como modo de aceitação e inclusão nesse hospício chamada mundo. A religião e a psiquiatria são irmãs siameses captadoras de lóbulos adoentados que internam pacientes em prisão eterna. Prometem a cura, a normalidade, o padrão aceitável. Você que chegou até aqui lendo este texto é normal?

Uma pessoa normal, pelo meu olhar, é aquela que ama o próximo – independente da expressão ser religiosa – Quando se importa mais com o outro do que consigo mesmo, então, deduz-se que esse eu empático está muito adiante do que a maioria sobre compreender o significado da conexão de todos os fragmentos do espaço e do tempo como um só elemento regente fora da caixa de pandora.

Entendeu? Se entendeu, você é normal!

Itapemirim-ES tem o “Doutor do Povo”

Zé Lima é a esperança de grande parte da população para acabar com a “maldição” dos doutores na cidade de Itapemirim

O prefeito de Itapemirim, ES, Zé Lima, tem um mês para ser eleito o “Doutor do Povo” e quebrar a maldição de quase duas décadas governadas por médicos desastrados na governança pública. Agora, mais um médico, o terceiro, Doutor Antônio, é o herdeiro dessa continuidade, incrivelmente, escrita com muitos escândalos pelos antecessores da sua classe.

Lá na terra imperial, por onde andou Dom Pedro II, um homem comum, que após 32 anos militando na política, conseguiu na última eleição eleger-se vereador e se tornar presidente do Legislativo. A cassação do prefeito, outro doutor, Thiago Peçanha, empurrou a gestão da cidade litorânea para o Zé Lima, já chamado de “Doutor do Povo”.

O homem simples, trabalhador, pode dar um corte no tempo, impondo uma nova geração e inovadora na política itapemirinense. Sem medalhões ao seu lado que gostam de mandar nos políticos e na politicagem local, Zé Lima anuncia uma máquina comandada por cabeças brilhantes da terra nativa (nada de importação de centenas de servidores) que conhecem cada rua, cada bairro nas áreas rurais e urbanas.

Zé Lima, até ontem um vereador que não almejava ser prefeito, hoje, simpatizantes e correligionários, o eleitorado, clamam por uma nova realidade, mais desenvolvimentista preferenciando a inovação sustentável. Esse povo podem lhe auferir o diploma de “Doutor do Povo”.

Os gritos estão aumentando o tom como um “chega de médicos” fazendo experimento com a população, vítima do caos produzido pelos homens de jaleco branco, inclusive, desertores da Saúde e dos hospitais carentes de profissionais.

Está nascendo o “Doutor do Povo”. Dia 5 de junho, ele poderá receber o seu diploma e tratar das pessoas ao invés das coisas.

Zé Lima já recebe a alcunha de “Doutor do Povo”