Da fase mística, entre a realidade distorcida e a produção psicodélica da dopamina, a compulsão pela religião levou a caminhos confusos e , ao mesmo tempo, iluminados. Já conhecera Deus da forma ignorante, espontânea e instintiva. De uma intimidade incomum.
Por aproximação cultural em que estava assentado, era inevitável o encontro com a religião – caminho da religação entre o homem e seu Fabricante. A religião era sinônimo de igrejas com suas denominações, na época, divididas entre católicos e evangélicos.
Não sei porquê, mas por aprendizado do qual não tem como ser registrado, o catolicismo, com seu goticismo, era-me angustiando e amplificador de culpa com os mosaicos melancólicos das figuras míticas das passagens bíblicas com ênfase na participação dos anjos.
Já os evangélicos refletia mais verdade e proximidade de verdades apreendidas nos Evangelhos em que constituiu como leitura reflexiva naquela fase de interação com a natureza, de diálogo com o Invisível. Então, sem definição ainda, até aos 19 anos, buscava caminhos pelas diferentes rituais.
Por conta própria, peregrinava semanalmente por templos com cultos diferentes, sem me ater tanto nas mensagens e mais no ambiente, suas manifestações. Cada igreja denominacional apresentava suas características, dos pentecostais aos tradicionais. O neo-pentecostais ainda não existiam, não na cidade dele.
E sob a influência da religiosidade ficou prisoneiro com estudos diários sobre adventos sobrenaturais possíveis pelos milagres narrados do Velho ao Novo Testamento, com direito à obsessão pelo céu e o medo do inferno. Com essa dicotomia pautava sua vida, cada momento, cada segundo, sentido-se especial, purista e predestinado.
Na continuação dos detalhes, encerra-se essa primeira parte da religião o encontro com os batistas. Instigado por um fiel que tirara ele do sentimento de culpa agudo num dia chuvoso em época da chamada Semana Santa.
A Igreja católica com sua predominância exalava atmosfera de introspectividade inexplicável. Ele tinha se masturbado e o membro batista – depois de ouvir sua confissão no meio da rua sobre o que o afligia, convido-o para assistir um culto na Segunda Igreja Batista da sua cidade.
Então, começa a sua missão para descobertas e domínio espirituais, com experiências que marcaram sua vida.