A dúvida do existir

Penso que a maioria dos quase 8 bilhões de pessoas não exerce suas funções plenas em direção à vontade de viver. Apenas, resiste e tem medo do antagonismo, a morte. É diferente entre a satisfação pela vida e a insegurança e a dúvida sobre o além do último respiro.

Os mais corajosos se matam, mesmo sendo chamados de covardes. Os medianos preferem não ousar a tanto ainda que já perderam o sentido e o entusiasmo de existir pelos corredores dos múltiplos sentimentos vagantes dentro de si, sem compreender o propósito.

Não tenho dúvida que a melhor fase do tempo, com raras exceções, era o da irresponsabilidade juvenil, cujos medos se limitavam a lendas urbanas e contos dos pais para disciplinar alguns impulsos fora da tradição. A inocência é bela, espetacular!

A linha do tempo adulta foi se tornando um sacrifício, por vezes, sem margens racionais. Há uma degeneração moral. O hábito vicia e mata até a lembrança do primeiro arrependimento. Tudo fica comum, normal. Exala uma sensação do fim de limite. Viu, ouviu, tocou, cheirou e degustou o mal e o bem em toda sua forma. Seria como voltar ao Paraíso após o diálogo com a serpente.

A vontade de viver perde para o medo da morte. Por isso, a resistência. O desconhecido apavora. Logo, a falta de empatia para uma geração inumana progressiva para o estágio animalesco, instintivo. O ponto: uma espécie mata a sua espécie por um celular como um tipo de regresso à caverna de Platão.

Quando morrer é viver

São 5h00 da manhã do dia 07 de abril de 2022. Eu pensava que dormir era uma perda de tempo, um estado de morte com respiro. A medicina diz ao contrário. A necessidade de dormir é obrigatória. Bem! existem muitas pessoas que sofrem da síndrome do drácula.

Os pensamentos noturnos, em geral, são inspiradores para enxergar a vida mais triste pelo acordar com a inerente responsabilidade de compromissos e responsabilidade. Alguns chamam isto de ansiedade, estresse, depressão e causas assemelhadas de dormir acordado.

Dormir é estar morto para o otimista. Para o pessimista, o viver é a própria vontade de morrer. No meu caso, sempre fui noturno. Se andar comigo, pode acordar de cabeça para baixo. A fina flor do auto conhecer, acho, acontece na solidão da noite para a madrugada até ao amanhecer.

Quando o HD está cheio é preciso descarregar em outra mente. Essa transferência não é fácil. Entornar suas emoções e sentimentos, parte, só um transplante tridimensional ainda não descoberto. Logo, você sente que o limite é o fim da missão, da jornada, sem mais destino.

Por isso, não dá para julgar como atitude covarde aquele (a) que desiste de dormir e acorda. Quando a repetição das luas e dos dias são rotinas de um ser sem perspectiva, então, de fato, morrer é viver na passagem para a linha infinita do tempo. A maioria quer ficar. Outra parte quer ir embora.

No fundo, você percebe que não tem mais corações e que existe um tempo ilimitada para seus parcos sentidos. Por isso, a ambição de querer tocar, obter, ter e não envelhecer. Aos mais desapegados aos instintos primitivos, o conformismo, mesmo doloroso, produz resultado mais nobre para esperar o não existir.

32 ANOS DA FOLHA SEM SE DOBRAR

Parece que foi ontem 1º de março de 1990. Desde do nascimento nunca se dobrou a grupo político ou econômico, a nenhum movimento antidemocrático. Enfrenta até hoje um sistema policialesco que almeja criminalizar a opinião e a liberdade de expressão. Essa perseguição sistêmica deriva da sua linha editorial: investigativa, analítica e opinativa.

Os consórcios integrados por desafetos da verdade ficam incomodados com a existência da FOLHA. Alguns juízes, a banda ruim, ofertam ao stabilisch proteção draconiana por meio de liminares de censura, tutelando a liberdade sagrada de informar. A FOLHA tem sido alvo preferido dessas “jabuticabas” jurídicas. Invertem e pervertem a ordem.

Os criminosos, geralmente, agentes públicos, aproveitam-se do analfabetismo desses poucos magistrados no Espírito Santo, para tentar calar um dos maiores pilares do Estado Democrático de Direito: A Imprensa. No caso, a FOLHA no que pese essa análise em particular sobre si.

Esses guardiões da lei não sabem nada sobre estilo: jornalismo Opinativo, Analítico, Investigativo, com uso de figura de linguagem, palavras caricatas, potencializadas; editorial, coluna; crônica, enfim, vale, e têm togados insipientes para compreender, até mistura de tudo num só texto para desenhar em linguagem simples as informações de interesse público. Ora, no mercado do jornalismo quem não tem credibilidade não se estabelece. 32 anos!

A FOLHA já passou por muitos quebra-molas na linha do tempo. No Espírito Santo, sem nenhuma dúvida, o jornalismo em destaque sofre com os predadores da liberdade de expressão que almejam a inexistência do veículo. Contudo, a verdade tem sido sustentáculo da FOLHA, às vezes, acusada de antecipar os fatos por interpretar personagens, tempo e espaço.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) tem sido uma entidade incentivadora e protetora do direito da FOLHA de praticar o seu jornalismo ousado. Ministros do STF e outras instituições sérias, como a OAB, estão com a FOLHA na manutenção dos direitos civilizatórios e humanitários.

Essa gente que forjam narrativas e misturam verdades com mentiras para avalizar as maldades de alto preservação do poder a qualquer custo ainda vai enfrentar o “Tribunal de Nuremberg”.

Em síntese, a FOLHA não tem nem o direito de errar na concepção tacanha dos desafetos do livre pensamento. Sim, a FOLHA é independente. Seus detratores têm obsessão por saber quem são as fontes desse portal de notícias que antecipa as sujeiras debaixo dos tapetes de colarinhos brancos, malfeitores.

A FOLHA sobrevive de parceiros e colaboradores que nada exigem do jornal. Antes, admiram o destemor desse jornalismo sem cabresto para combater a impunidade. Incentivam o jornal a cumprir a missão que o diferencia de muitos iguais, alcunhados de chapas brancas. Praticam colunismo social.

A um preço alto de custo, sim, a FOLHA completa 32 anos.

A mão que embala o berço

São 04h20 da madrugada do dia 8 de março. Você é o que você fala ou escreve. O verbo é vivo em estado expansivo em todos os sentidos para a definição da vida. Por causa de mitos e lendas, processo de condicionamento social, a palavra nos define. Se cada um prestasse atenção no que ouve e no que expressa em caracteres escritos ou pensados, talvez, a sociedade seria hospício. A mulher com essa áurea de infinitas paletas de cores equilibra os elementos do caos. O texto, mesmo sisudo, homenageia todas as mulheres dentro de um olhar limitado.

O contencioso religioso e legalista reprime a face humana horrorosa e, ao mesmo tempo, o lado sublime adormecido dentro de cada um. A mulher é a prova viva disso, do poder e da glória desde o primeiro soletrando à cria gestada em seu ventre. São conversações iniciais. Desse diálogo podem surgir combinações quânticas lineares desde à paralisação da rotação da terra até à reinvenção do embrião na sua escalada de enfrentamento com as suas próprias escolhas.

“A mão que balança o berço é a mão que governa o mundo”, frase do famoso poema de William Ross Wallace, de 1865.Sim, preste bem atenção no pronunciamento das mulheres, em cada sílaba. Só o fato da humanidade não existir sem ela, seu protagonismo confunde Adão que abdicou da sua missão de cuidar dela no Éden. Na triangulação das palavras, a serpente venceu o descuido do homem. Então, o castigo de Eva foi de parir a humanidade. Aqui estamos!

As mulheres são mais inventivas e criadores de mundos. Os homens as desnudam com os olham, enquanto elas os devoram com mais de cinco sentidos. Sim, sua capacidade de emitir pensamentos audíveis, gritando ou em silêncio, incendeia um bosque e muda o curso da natureza.

As mulheres são amáveis na recíproca e imperdoáveis na mesma mutualidade. Elas não somente inspiram poemas. São os próprios versos. A palavra define o caráter. Filhos, prestem atenção ao que elas falam desde do primeiro engatinhar. Errarás menos e sentirás menos dor. Aprenderás o valor da palavra e seus efeitos. Conhecerá o significado do amor.

O pensamento. A palavra. O hábito. O caráter. O destino.

PH vem a governador ou a nada

São Paulo, SP,Paulo César Hartung Gomes. Foto Antonio Milena

Tenho acompanhado a política capixaba há quatro décadas. Nada me surpreende e alguns padrões são cíclicos como as crenças lunares com efeito do destino. Nunca o que parece é na política eleitoral. No Espírito Santo não foge à regra, nem mesmo no processo repetitivo de alguns atores.

No momento, quando se aproxima a abertura partidária (mudanças e definições de políticos pelos partidos que vão escolher para disputar as eleições), o ex-governador Paulo Hartung (sem partido) neste exato momento, gosta de mexer com o tabuleiro eleitoral, sempre protegendo a rainha com os peões.

PH, como ficou conhecido, tem agido nos bastidores com um grupo de políticos mais próximos de sua agenda centrista. Movimenta suas redes sociais, diariamente, no Instagram e no Twitter, e semanalmente no seu escritório politico em Vitória com agenda bem concorrida.

Ao mesmo tempo em que passa a impressão de permanecer no cenário nacional, seus tentáculos estão voltados para o Espírito Santo, principalmente à medida em não se estabelece com consistência um líder do centro empolgante. Ele não quer figurar ao lado de Lula e nem de Bosonaro. Sua habilidade camaleônica está com dificuldade disso.

Paulo Hartung, para encerrar, pequena análise, na minha modesta opinião: ou virá candidato a governador se o atual estiver em descendência, com pesquisa confirmatória até abril, sendo que seu destino partidário está muito próximo do PSD de Kassab e de Neucimar Fraga (ES). Ou não vem a nada. Arriscar perder o senado para Magno Malta (PL) seria fim de carreira melancólico. Esta possibilidade deixa mais evidente as duas primeiras alternativas.

Essa história de candidato a presidente da República pelo PSD é interessante, porém, mais um factoide