A mão que embala o berço

São 04h20 da madrugada do dia 8 de março. Você é o que você fala ou escreve. O verbo é vivo em estado expansivo em todos os sentidos para a definição da vida. Por causa de mitos e lendas, processo de condicionamento social, a palavra nos define. Se cada um prestasse atenção no que ouve e no que expressa em caracteres escritos ou pensados, talvez, a sociedade seria hospício. A mulher com essa áurea de infinitas paletas de cores equilibra os elementos do caos. O texto, mesmo sisudo, homenageia todas as mulheres dentro de um olhar limitado.

O contencioso religioso e legalista reprime a face humana horrorosa e, ao mesmo tempo, o lado sublime adormecido dentro de cada um. A mulher é a prova viva disso, do poder e da glória desde o primeiro soletrando à cria gestada em seu ventre. São conversações iniciais. Desse diálogo podem surgir combinações quânticas lineares desde à paralisação da rotação da terra até à reinvenção do embrião na sua escalada de enfrentamento com as suas próprias escolhas.

“A mão que balança o berço é a mão que governa o mundo”, frase do famoso poema de William Ross Wallace, de 1865.Sim, preste bem atenção no pronunciamento das mulheres, em cada sílaba. Só o fato da humanidade não existir sem ela, seu protagonismo confunde Adão que abdicou da sua missão de cuidar dela no Éden. Na triangulação das palavras, a serpente venceu o descuido do homem. Então, o castigo de Eva foi de parir a humanidade. Aqui estamos!

As mulheres são mais inventivas e criadores de mundos. Os homens as desnudam com os olham, enquanto elas os devoram com mais de cinco sentidos. Sim, sua capacidade de emitir pensamentos audíveis, gritando ou em silêncio, incendeia um bosque e muda o curso da natureza.

As mulheres são amáveis na recíproca e imperdoáveis na mesma mutualidade. Elas não somente inspiram poemas. São os próprios versos. A palavra define o caráter. Filhos, prestem atenção ao que elas falam desde do primeiro engatinhar. Errarás menos e sentirás menos dor. Aprenderás o valor da palavra e seus efeitos. Conhecerá o significado do amor.

O pensamento. A palavra. O hábito. O caráter. O destino.

No Espírito Santo, jornalista denunciante vira investigado

A corrupção almeja nunca ser descoberta. A censura e a intimidação são os caminhos covardes para protegê-la

O caso Pen Drive que contém provas robustas sobre fraude na licitação do Detran-ES vencida pela empresa chinesa DAHUA da ordem de R$ 140 milhões produz efeitos colaterais anômalos que ultrapassam o surrealismo.

O jornalista deste artigo, primeiro denunciante de um dos maiores escândalos de corrupção do Estado do Espírito Santo dos últimos tempos, envolvendo o governador Renato Casagrande (PSB) e membros do Palácio Anchieta foi intimado hoje (5) na condição de investigado.

O delegado Janderson Lube, a mando da Procuradora Geral, Luciana Andrade, e do seu Chefe José Dary Arruda, creio, constrangido, gasta tempo e burocracia para satisfazer o “clitóris” do abuso de poder do Estado. Veio a Cachoeiro só para cumprir essa missão.

No início da série das matérias que constam denúncias em apuração em várias outras instância no Estado e fora do perímetro capixaba, os cardeais do PSB espalharam que o tal pen drive não existia. Em seguida, existia, mas era montagem. Por fim, a procuradora preferiu considerar a prova ilícita. Isto é o vácuo do buraco negro.

As “autoridades”, da ala defeituosa da máquina de moer carne e de sugar dinheiro público, está em busca de um tipo de orgasmo que só se atingiria com a prisão ou morte do jornalista que se nega a entregar suas fontes pela princípio constitucional da inviolabilidade. Almejam, a todo custo, calar o jornalismo independente e investigativo.

Aqui no Espírito Santo, leitores, cuidado ao denunciar que o ladrão está assaltando, porque a ordem é inversa. A “lei” deles funciona em desfavor de quem dedura o bandido. Recomendação: fica em silêncio e deixar usurpar, pois sua vida pode ficar em risco com esse tipo de gente. De vaca não conhecer o bezerro.

Se algo acontecer ao jornalista, na sua integridade física, os suspeitos são os nomes já aqui citados.

Não apoio a reeleição de Victor Coelho (PSB)!

Em 2016, eu apoiei a eleição do atual prefeito Victor Coelho (PSB). Acreditava na renovação e na transição para melhor do governo petista para uma gestão jovem e dinâmica, independente de cor partidária ou gênero ideológico. A intenção foi boa, mas errei.

No primeiro ano, não somente eu, mas a maioria da população acreditava que a morosidade e erros primários se tratavam de equívocos de um neófito e na ingenuidade de um virgem em gestão pública. O perdão em nome da governabilidade era natural. Existia, ainda, alta grau de confiabilidade.

No segundo ano, a burocratização da governança e a centralização de poder a uma única pessoa, foi o fim da picada. O socialista substabeleceu a procuração ao seu então Secretário de Governo, Weidson Ferreira, preposto do governador Renato Casagrande (PSB). O povo entrava em curto circuito.

No terceiro ano, no marasmo, sem uma obra sequer para dizer de sua, a sociedade cansou. Vieram os desmandos, as mazelas, os cadáveres boiaram e a roubalheira se espalhou com dreno ao erário de forma intensa e pecaminosa e vampiresca. MPF. PF. Omissão da Câmara de Vereadores.

Sem entrar em detalhes, submergi em depressão, não encontrando mais a esperança, mesmo sendo um homem de fé. Meses antes de deixar o mandato, neste momento em outubro de 2020, sem nenhum portfólio, Victor Coelho pede nova oportunidade para mais 4 anos, sem pudor.

Se na urna tivesse a opção deletar o candidato Victor Coelho (além de confirma, branco e nulo), eu nem pestanejava. Ele dilacerou a minha alma e de quase 100% da população. Talvez, 20% ainda se deixarão enganar. Precisamos resgatar também estes. Humildemente, peço perdão pelo erro!

Capítulo 3: O Ano de 2020

Nenhum dia é igual ao outro. Nenhuma semana, Nenhum mês. Nenhum ano. Entretanto,  decisões e omissões marcam trechos do tempo.

O ano de 2020 foi diferente. Foi do azar. De quase todas as perdas. Da humilhação. Da indignidade. Da falta de esperança. Da depressão.

Ninguém podia ajudar. Todas as coisas não seriam se o paciente observasse os sinais. O agouro. A  negatividade humana. A malignidade sugando a fé.

Depois de meio século, tudo se torna mais lento. A reação ante o imponderável não é tão mais competitiva. Não há força em igualdade.

Não termina, parece que não acaba. As horas parecem semanas. A desgraça é alongada ao máximo em meio a dores indescritíveis. Envergonha!

Enquanto o sol por vezes aparece, as chuvas também, o desânimo é o melhor incentivo para ficar escondido, escondido das pessoas e do futuro.

Um sorriso salva o ano. Um sorriso leve, breve  em saber que 2020 se foi. Sim, está por ser aniquilado pelo porvir.  

Retirada de ação desfaz diferenças na Justiça entre ex-vereador e jornalista

 

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Ex-presidente da Câmara de Cachoeiro, Júlio Ferrari (PMDB)

A retirada da ação que o então presidente da Câmara de Vereadores de Cachoeiro-Es, Julio Ferrari (PMDB) movia contra o jornalista Jackson Rangel, em comum acordo, pôs fim às diferenças na Justiça entre ambos.

A publicação da extinção do processo, hoje, pela Justiça coloca uma pedra também nos conflitos de anos entre o ex-parlamentar e o dono da Editora LEIA que foram aliados no início do primeiro mandato de Júlio Ferrari.

Mesmo com a extinção da ação, com origem do pedido no ano passado, os dois ainda não voltaram a se falar, pessoalmente, senão por algumas palavras na rede social em pensamentos em comum e pelo falecimento recente da mãe do ex-vereador.

Júlio Ferrari foi presidente por duas vezes nos seus dois mandatos de vereador. Foi na sua gestão que ele denunciou ações criminosas na contabilidade do Legislativo que culminou na prisão do contador Hélio Grechi e a implantação do sistema biométrico de presença dos funcionários da Casa.

Disputou as eleições para prefeito no ano passado pelo PMDB. Ele tem dito que não pretende voltar mais à política.