O livro de Hartung é um tiro no intelecto do brasileiro

Não acreditei quando li o artigo do colega Gabriel Lordello, Estadão, de hoje, 12, sob o título “Recuperação fiscal do Espírito Santo vira livro escrito por governador”, com um foto de Paulo Hartung em corpo inteiro, altivo, quase um pintura a óleo, com fundo escurecido como “gestor celebridade” 

Assustou-me! Não pela escrita do jornalista, mas pela capacidade  do governador Paulo Hartung conseguir enganar a imprensa brasileira durante todo este tempo. Ou os meios de comunicações se quedaram em cifras para projetar um espectro ou estão praticando um jornalismo preguiçoso.

Há décadas Paulo Hartung vende sua imagem de isopor para a Imprensa Capixaba e, aos poucos, foi estendendo influência na mídia nacional para se apresentar de forma macro como o “grande gestor” e, agora, propondo-se a guru político da nova geração. Ele é a personificação do engodo, em todas as áreas de suas atividades politicas desde quando começou na vida pública.

A maior piada do mencionado livro é quando o seu autor diz que ensina como transformar em 1 ano deficit de R$ 1,5 bilhão – deixado pelo seu antecessor Renato Casagrande (PSB), atual governador eleito – em superavit de R$ 199 milhões. Quem não rir, não tem senso de humor. Hartung conseguiu enfiar goela abaixo do jornalista a maior mentira hollywoodiana como se fosse verdade espetacular. 

Nunca existiu ajuste fiscal porque o governador já pegou as contas equilibradas, com dinheiro em caixa e capacidade de endividamento 1 vez e meia da sua receita líquida. Nunca cuidou dos capixabas nas plataformas sociais e muito menos na área educacional . Produziu bolhas em todas temáticas de gestão essencial. Um Pinóquio!

Tenta, como sempre no final de seus mandatos, esconder as mazelas das mais nefastas como os 200 assassinatos em decorrência da greve dos Polícias Militares. A realidade dura e vexaminosa de um Estado que cai para 14ª posição no Portal da Transparência Nacional. Ninguém pode enganar a todos durante todo o tempo. Essa máscara vai cair!

A Imprensa Nacional, principalmente a de São Paulo e Rede Globo – com seu pupilo Luciano Hulk -encobre este pequeno homem em estatura e caráter ideológico. O governador escreveu um livro mentiroso para ficar na história pela sua própria visão. Impressionante! Antes contratasse um biógrafo “apócrifo”. 

Então, o governador capixaba se apresenta à disposição de governos pelo Brasil afora como se faz mágica nas contas públicas? Como fazer 1 + 1 ser = 3. Isto é um estelionato. A visão mais turva que se pode ver sobre uma figura de ego maior do que o corpo, acreditando na ignorância de um povo que não estuda biografia, mas que lê só a orelha do livro. É um tiro no intelecto do brasileiro!

Em síntese: foi um prefeito da Capital Vitória com problemas graves nas contas públicas. Foi um deputado estadual medíocre. Foi um senador que não deixou nenhuma digital. Trocou de partido como se troca de camisa. Foi um governador – em todos os mandatos – que impôs o medo para oprimir os adversários e enriquecer empresários financiadores em troca de receberem o título do “amigo do rei”.

Por fim, não disputou a reeleição porque seu Governo foi reprovado pelos capixabas como expuseram as pesquisas. Na gíria popular: “correu do pau” de medo, deixando o navio dos companheiros afundar, sem barco salva-vida. 

E sobre mágica para transformar deficit em superávit, pediu aos subservientes deputados suplementação de mais de R$ 500 milhões para fechar as contas. Este é o economista falacioso!

Hartung merece o Oscar de ator coadjuvante em fim de carreira no mercado político. A imprensa corporativista não salvará sua falsa reputação. 

Capítulo 1: A Mente

Tudo vem da mente. As imagens mais pavorosas. Os planos mais dementes. Os pensamentos mais escondidos. 

A mente não desmente a sua verdadeira identidade. Quem você realmente é, o ser criado para não ser completamente.

A força mais poderosa do cosmo nasce de uma nascente no vale mágico do nada. Não se pode apagar o que pensa. 

Dela vem instinto, a razão e a loucura, mas ninguém pode fugir das criações da mente. Somente quem sente é possuído e possuidor.

Sem a mente, não há vida. Há corpo que de nada importa se os neurotransmissores não enviam os espasmos. Morta está a semente.

A mente come. A mente ouve.  A mente escuta. A mente degusta. A mente mata. A mente goza. A mente inventa. A mente não mente.

PENSAMENTO PERFEITO – O Jardim

Correndo entre flores em extenso jardim,  as mais lindas rosas dilaceravam as finas peles. O perfume compensava a dor.

Mortificando o corpo e êxtase flagelo com tão belo existir me ocupava a alma em gramas verdejantes e confortantes.

Paraíso sem fim, quisera o coração ser eternamente florido e com néctar inesgotável e rejuvenescedor.  E o amor?

Natureza com paisagens em quadros, fragmentos com sentimentos indescritíveis da visão que enche do belo o coração!

Sensibilidade maior for, maior o jardim de multicores de pétalas arrebatadoras, construindo palavras em dialeto novo.

Ao pausar para descansar percurso eterno entre brotos, raízes e folhagens, caules ressaltam como pernas luxuriantes.

 Rezar ou orar não há melhor lugar. O jardim saltava aos olhos, semeado e cultivado por inocentes sonhadores.

 Sobre o tapete confeccionado com o dedo de Deus havia outra jardim no firmamento de cima, substituindo as nuvens.

Assinar essa obra de arte só o criador e para entendê-la como se revela, somente um corpo flagelado por açoites corretivos.

Crível o estado inebriante diante de jardim tridimensional. Recorrente impulso para abrir todas as portas desse universo ficcional.

 Incrível mesmo quando se oferece o olfato para o requintado e único cheiro do âmago desse exalado jardim adubado, alado.

 Formas. Ícone. Criação, na verdade, de terras vegetais para anjos nascidos entre homens . O mundo novo tão esperado.

Ostentação de biologia, sem ligação com nenhuma possibilidade de ser decifrada por conhecimento estudado em “gia”.

 Esperança esse jardim oferece a todo ser com alma de criança até adolescência.  Sem precedente para adulto  adúltero.

 Prescindível para desfilar nele, o jardim, os pés que se recusaram andar por descaminhos ou sejam convertidos para a nova era.

 Ícaro preferiu voar para encontrar esperança e fé, contudo foi lançado fora pelo sol das floragem vivificadas pelo clorofila. 

Real  desafio passear por esse jardim , com células pigmentais , sabe qual é? Instigar o jardineiro até ele permitir você entrar.

Todas as espécies de flores, a abrir ou abertas, nesse escondido e guardado jardim, são imortais. Nós! O jardim é eternidade.

PENSAMENTO PERFEITO – O VELÓRIO (CAPITULO 5)

CAPITULO 5

O VELÓRIO

A melhor parte da vida é a morte. O defunto deitado em berço esplêndido, forrado em caixa de madeira, dorme que uma beleza.

Sem assistir a hipocrisia como em vida tolerava em vômito, morto não pode ver a extensão do falso choro dos sepulcros caiados.

O velório é o ápice para o que ficam. Momento de homenagens, palavras nobres: “como ele era bom, um santo homem de Deus.”

A parte do padre ou do pastor é a melhor cena do pré-sepultamento. Derramamento de lágrimas de todas as espécies animais.

Enrijecido, o falecido logo, logo, será esquecido. Entre uma fala e outra, somente a lápide para dele lembrar .

Existem enterros enfadonhos. Faltam quitutes, aquele cafezinho! Os penetras ficam ”P” da vida pela desconsideração.

Como choram os familiares! Parece amor de aliança eterna com defunto, mesmo sendo a segunda das cinco esposas.

Velório é evento inesquecível para alguns. Aquele momento de reflexão profunda, cova rasa : “um dia será a minha vez”.

O adágio popular diz: “Todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém quer morrer”. Alguns até tem medo dela. É um inferno!

Morrer, viver e morrer, como Lázaro, pode não ser vantagem. Sofrer intempéries da vida duas vezes dores dobradas!

Ruim para o morto um caixão de medida errada. Se apertado, dá gastura nas vistas do vivo. Se folgado, maldade do vivo.

Para morrer, basta estar vivo, ditado que grifa ato de coragem de quem o diz. Enquanto não souber que é o próximo da fila.

Duas mortes: a matada e a  morrida. Tudo é igual no final, só muda a forma de morrer. Fica a lamentação para quem fica.

A vantagem de não viver muito está em não sofrer também muito. Os fragmentos de felicidades não valem à pena.

O vivo deve se preparar para o dia. Se envelhecer, abandonado, será dura a ida sem volta. E o  finado merece respeito!

*Por Jackson Rangel Vieira

AS NUVENS

CAPITULO 3

Nuvens dizem mais sobre a vida do que as linhas das mãos. Elas aparecem do nada, monstros, e também faces em formação.

No escurecer, quando esses flocos de neves esparramados pelo espaço, todo olho espera, quando negras, a chegada do trovão.

Lugar introspectivo, à beira de límpido lago, entre as mais altas folhagens, o céu azul promete lindas imagens rascunhadas, rasgadas e largadas.

Céu cinza entristece o coração, pois sem cor, este teto reflete no chão os espinhos pelos quais o homem terá nele seu único caminhar.

Quando se concentram e se conectam umas com as outras, lembram exércitos preparados, avançam nos pastos recém-arados.

Se invertessem os lados, as areias do chão brilhariam como estrelas ao anoitecer da lua cheia e o firmamento acima sem seus astros.

Esparramadas e preguiçosas, são produções kafkiana. Espectadores aguardam o desfecho final. É trama. É drama, É lagrimal. Ariana!

São musas dos poetas que olham para o alto na esperança de mais adereços. Quantas oportunas escolhas por fazer em tantos avessos.

Quem nunca as apreciou, nunca saberá o que é vida real. As nuvens são condutoras de energias e vazios em contornos colossais.

Movem-se em blocos para aonde a corrente de ar levar. Porém, escolhem paradas para os predestinados receberem suas cartas e sinais.

Viajam por todos os recantos da Terra e passam por todas as estações: do inverno à primavera, cobrindo de amor os desencantos.

Carregam consigo pasmas as marcas dos corpos incrédulos, também sepultura de almas com fé, cheias de carmas e de ectoplasmas.

As nuvens são testemunhas dos caminhantes errantes e choram torrencialmente com tantas maldades. Choram chuvas, chuvas sem parar.

Salomão, o mais sábio de todos, disse uma heresia, que novidade alguma existia debaixo do céu. Devia procurar mais nas entranhas a fundo.

Somente as nuvens, que vão e vem, sabem de tudo sobre os seres abaixo em todo o tempo, sejam noites, sejam dias. São damas, são vadias.