ferraço não é mais o mesmo. o clã ferracista está por um fio

Ferraço vai para o sacrifício para manter o seu clã vivo na política capixaba

O velho lobo Theodorico Ferraço (DEM) é o último dos moicanos, sobrevivendo ao tempo desde os anos 60. Ninguém teve vida tão longa na política capixaba com mandato.

Contudo, a idade pesa muito para alguém que já foi um leão nessa selva de muitas matizes ideológicas. Hoje, esse felino raro ruge, mas não tem mais dentes.

O clã político formado pelo filho Ricardo Ferraço, atual presidente dos Democratas, e pela esposa, Norma Ayub, do mesmo partido, deputada federal, corre perigo de extinção em 2022.

Ferração, como é conhecido no meio político, já pensa em pendurar as chuteiras aos 85 anos – completa no ano da eleição -, enquanto Norma pode tentar uma cadeira de deputada estadual (um degrau a menos do status atual).

Quanto a Ricardo que deixou o cavalo passar arriado para governador, não conseguindo renovar a procuração para o senado, perdendo para dois neófitos, pode sair candidato a deputado federal.

O filho pode cometer mais um pecado político entre muitos de sua biografia: entregar o CNPJ do DEM para o PSB do governador Renato Casagrande, proporcionando mais um desgosto para o velho guerreiro e patriarca.

Ricardo Ferraço é inocente e o autor do Blog que previu não deixará o jornalismo

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RICARDO FERRAÇO É INOCENTADO PELO STF – NENHUMA NOVIDADE NISTO !

*Jackson Rangel Vieira

O autor deste Blog, quando surgiu a menção do nome do senador Ricardo Ferraço (PSDB) em possível envolvimento nas investigações da Lava Jato – lista de Facchim – , conhecendo os meandros do caso e a caminhada do político capixaba, vaticinou: “Ele é inocente. Coloco a mão no fogo. E deixo o jornalismo se ele for culpado”.

Em nenhum momento este jornalista ficou sobressaltado com o desenrolar do tempo sobre o caso. Pois bem! Ontem, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, decretou de vez o que já era fato. Sentenciou a inocência do senador Ricardo Ferraço. Mandou arquivar o caso, com observações elogiosas sobre o comportamento e conduta do político.

No caso em tela, a certeza do autor não advém da adivinhação e nem poderia no jornalismo. A inocência de Ricardo Ferraço era prevista por todos que conhecem sua trajetória. Exemplificando, o senador – pegando carona no colega Ricardo Boechat na expressão – ele “é um ponto fora da curva” em detrimento de alguns dos seus pares.

Por essas e outras, na caminhada do senador, em todo cumprimento do mandato foi considerado na sua atuação como um dos melhores do Brasil. Os capixabas vão reelegê-lo e Ricardo Ferraço continuará honrando o Espírito Santo. Não existe vitória sem sofrimento, sem luta. Ricardo Ferraço passou por esse vale e será o senador mais votado do ES. Anota aí !!

*Jackson Rangel Vieira é jornalista

 

 

Amaro lidera para o Senado. Hartung tem dificuldade para a reeleição

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Amaro Neto lidera com folga na Grande Vitória

Agência Congresso – VITÓRIA – Uma consulta encomendada pelo PSD – partido da base de apoio do governador Paulo Hartung (MDB), sobre as eleições deste ano no ES, revelou números preocupantes para os governistas.

Na disputa para o governo do Estado, o atual governador lidera mas com apenas 9 pontos de frente sobre o segundo colocado, o ex-governador Renato Casagrande (PSB). Na última eleição Casagrande ganhou de Hartung na Grande Vitória.

Contra uma eventual candidatura do vice governador César Colnago (PSDB), Casagrande vence com folga. E venceria também, porém com folga menor, o senador Ricardo Ferraço (PSDB), caso fosse ele o candidato ao Anchieta.

Sem mandato, Casagrande está no ostracismo político há mais de três anos, e recebe poucos convites para eventos públicos. Mesmo assim aparece na frente de algumas figuras públicas em evidência.

ALIANÇAS/SENADO

A consulta foi feita apenas na Grande Vitória com o objetivo de orientar as alianças que que o Partido Social Democrático deve firmar este ano. E ouviu 600 pessoas na quarta semana de janeiro.

Parte do levantamento, inclusive fotos, vazou num grupo de Whatsapp ao qual o repórter teve acesso. Foram avaliados cinco cenários para governo e Senado. Mas nenhum incluiu o nome do deputado Sérgio Majesky (PSDB).

Responsáveis pela pesquisa disseram que é porque o deputado ainda não se decidiu. Principal opositor do governo Hartung, Majesky tem chances para o Senado. Isso é o que teria mostrado outra pesquisa, feita pela Futura, para o PSDB. Também de janeiro.

Para o Senado o deputado estadual Amaro Neto (SD) aparece na frente até do governador Hartung e Casagrande, conforme mostra o levantamento do PSD. O apresentador teria 47% das intenções de voto.

É preciso lembrar que nesta eleição serão dois votos para o Senado. Essa pesquisa encomendada pelo PSD, no entanto, foi feita só para orientar o partido.Tanto que nas perguntas para o governo, apenas dois nomes são apresentados, em cada cenário.

Como por exemplo Hartung contra Casagrande (foto), Casagrande contra Colnago. PH contra Rose, etc: Numa pesquisa com fins eleitorais todos os nomes estariam juntos para divisão das intenções de voto.

Para o Governo

PH 39 x Casagrande 30

PH 45 x Rose de Freitas 14

RC 44 x César Colnago 14

RC 41 x Ricardo Ferraço 16

Para o Senado

Cenário 1 – Amaro, PH, Magno e Ricardo.
cenário  2 – Amaro, Renato, Magno e Ricardo

*A pesquisa não considerou o quadro eleitoral nos municípios do interior 

23 senadores investigados na Lava Jato ficam sem foro privilegiado se não se elegerem

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Por Gustavo Garcia, G1, Brasília

Vinte e três senadores alvos da Operação Lava Jato – ou de desdobramentos da investigação – ficarão sem o chamado foro privilegiado se não se elegerem em 2018.

O número de parlamentares nessas condições é quase metade dos 54 senadores cujos mandatos terminam neste ano.

O foro por prerrogativa de função, o chamado “foro privilegiado”, é o direito que têm, entre outras autoridades, presidente, ministros, senadores e deputados federais de serem julgados somente pelo Supremo.

Sem isso, os senadores passariam a responder judicialmente a instâncias inferiores. Como alguns são alvos da Lava Jato, poderiam ser julgados pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela operação em Curitiba.

Nas eleições gerais de outubro, dois terços (54) das 81 cadeiras do Senado serão disputadas pelos candidatos. Os mandatos de senadores são de oito anos – para os demais parlamentares, são quatro.

A cada eleição, uma parcela do Senado é renovada. Em 2014, houve a renovação de um terço das vagas (27). Cada unidade federativa elegeu um senador.

Neste ano, duas das três cadeiras de cada estado e do Distrito Federal terão ocupantes novos ou reeleitos.

Caciques ameaçados

Entre os investigados que podem ficar sem mandato – e consequentemente sem foro privilegiado – a partir de 2019, estão integrantes da cúpula do Senado.

São os casos do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE); do líder do governo e presidente do PMDB, Romero Jucá (RR); do líder do PT, Lindbergh Farias (RJ) e do líder da minoria; Humberto Costa (PT-RJ). Os quatro são alvos da Lava Jato.

Ex-presidentes da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Edison Lobão (PMDB-MA) também são investigados na Lava Jato e terão de enfrentar as urnas neste ano.

Lobão é o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, um dos colegiados mais importante da Casa.

Dois senadores que presidem partidos são réus no Supremo Tribunal Federal (STF): Gleisi Hoffmann (PT-PR), em ação penal da Lava Jato, e José Agripino Maia (DEM-RN), em desdobramento da operação. Os dois também estão na lista dos senadores com os mandatos a expirar.

O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), é outro senador investigado na Lava Jato que pode ficar sem mandato caso não se eleja em 2018. Na mesma situação está Benedito de Lira (AL), líder do PP no Senado.

O atual vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), é alvo de inquérito em desdobramento da Lava Jato. Seu correligionário, Aécio Neves (PSDB-MG) – ex-presidente tucano e segundo colocado nas eleições presidenciais de 2014 – também é investigado no Supremo.

Alvo de inquérito em operação derivada da Lava Jato, Aloysio Nunes (SP) – hoje à frente do Ministério das Relações Exteriores – é outro tucano detentor de mandato que pode ficar sem foro privilegiado se não se eleger em 2018. Ele foi candidato a vice-presidente da República em 2014, na chapa encabeçada por Aécio.

As líderes do PSB, Lídice da Mata (BA), e do PC do B, Vanessa Grazziotin(AM) – ambas investigadas em desdobramentos da Lava Jato – também estão nessa lista. Vice-líder do PMDB, Valdir Raupp (RO) é réu no Supremo após investigações da operação.

Outros investigados que também são alvos da Lava Jato ou de investigações derivadas da operação, os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES); Dalirio Beber (PSDB-SC); Eduardo Braga (PMDB-AM); Jorge Viana (PT-AC); e Ivo Cassol (PP-RO) – já condenado pelo STF em outra apuração sem ligação com a Lava Jato.

FONTE: G1

Amaro Neto, a arma de PH, para implodir Ricardo

O deputado populista Amaro Neto (SD) poderá ser a arma secreta do governador Paulo Hartung (PMDB) para exterminar de vez com a mais alta patente da dinastia Ferraço no Espírito Santo. A vítima da dissimulação seria Ricardo Ferraço (PSDB) que não conseguiu se desvencilhar da dependência do PH.

Hartung ensaia, com jeitinho, o lançamento do apresentador de programa ao Senado que tem grande apelo popular e eleitoral na Grande Vitória. E como existe a escolha dos dois votos para o Senado, por incrível que pareça, Amaro Neto produz um tipo de arrasa quarteirão no eleitorado do peemedebista no epicentro urbano do ES.

No segundo o ou no primeiro voto, o senador Magno Malta (PR), ou populista, não é afetado na estratégia do governador. Como diria o cronista, os populistas se atraem.  Infelizmente, mesmo diante da excelente performance do senador Ricardo Ferraço em nível nacional, pode ser rifado pelo populismo tacanho.

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Amaro Neto pode ser conduzido pelas mãos de PH ao Senado, extraindo do eleitorado de Ricardo