Enquanto rejubila-se pelas riquezas e capacidade de investimento no País, o outro lado da moeda nos apresenta valor alto, caro para a democracia. Domingo, o povo brasileiro vai decidir entre, metaforicamente, a espada e a cruz. Como água e vinho, a candidata petista, Dilma Rousseff e o candidato tucano, José Serra, estarão nas urnas e na consciência do eleitor.
Estas eleições ensinaram a todos, a todos mesmos, valores e engodos, numa vala abissal, avaliadas por antagônicas pesquisas de tendência e chamado retrato do momento. Aprendeu-se que a população, parte dela, convive bem com escândalos. A ameaça à liberdade de expressão sob juramento de morte é uma realidade possível, antes impensável. Que as propostas não influem para vencer uma eleição como se pensava. O marketing da maquiagem é mais relevante.
O momento é de extrema preocupação, pois os debates e a propaganda eleitoral foram contaminados por descobertas de corrupções ao meio dia, e nisto, do lado do PT. Não há dúvida de que existe um candidato com currículo e outro sem vida pregressa de serviço público na medida para se credenciar ao mais elevado cargo do País. Serra tem passado. Dilma tem Lula com seu pretérito.
A explicação sociológica para o descaso do Governo mais corrupto da história e o mais popular também, pode ter origem na natureza cultural brasileira. Não importa o quanto se é corrupto, imoral e indecente. Mais significativo o pão e o circo não faltarem. Sobre os números do desenvolvimento humano, positivos, são oriundos da própria predestinação vocacional do País, em circunstância de favorecimento temporal pelo líder presente. Nada mais, além disso.
A prova do oportunismo está na revelação da incapacidade da maioria dos petistas em governar nos Municípios e Estados. O presidente Luiz Inácio Lula, aproveitando-se da boa fé da região norte-nordeste, as mais carentes e desinformadas, transformou aquele território em curral eleitoral com o fisiologismo do Programa Bolsa Família. A aprovação nas demais regiões é por conta do descaso em relação à política com seu descrédito. “Está bom assim mesmo!”, dir-se-ia.
Particularmente, de uma coisa eu sei, seja quem vencer, a situação pode piorar ou melhorar, eu continuarei confiando no meu Deus!
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