Itapemirim-ES tem o “Doutor do Povo”

Zé Lima é a esperança de grande parte da população para acabar com a “maldição” dos doutores na cidade de Itapemirim

O prefeito de Itapemirim, ES, Zé Lima, tem um mês para ser eleito o “Doutor do Povo” e quebrar a maldição de quase duas décadas governadas por médicos desastrados na governança pública. Agora, mais um médico, o terceiro, Doutor Antônio, é o herdeiro dessa continuidade, incrivelmente, escrita com muitos escândalos pelos antecessores da sua classe.

Lá na terra imperial, por onde andou Dom Pedro II, um homem comum, que após 32 anos militando na política, conseguiu na última eleição eleger-se vereador e se tornar presidente do Legislativo. A cassação do prefeito, outro doutor, Thiago Peçanha, empurrou a gestão da cidade litorânea para o Zé Lima, já chamado de “Doutor do Povo”.

O homem simples, trabalhador, pode dar um corte no tempo, impondo uma nova geração e inovadora na política itapemirinense. Sem medalhões ao seu lado que gostam de mandar nos políticos e na politicagem local, Zé Lima anuncia uma máquina comandada por cabeças brilhantes da terra nativa (nada de importação de centenas de servidores) que conhecem cada rua, cada bairro nas áreas rurais e urbanas.

Zé Lima, até ontem um vereador que não almejava ser prefeito, hoje, simpatizantes e correligionários, o eleitorado, clamam por uma nova realidade, mais desenvolvimentista preferenciando a inovação sustentável. Esse povo podem lhe auferir o diploma de “Doutor do Povo”.

Os gritos estão aumentando o tom como um “chega de médicos” fazendo experimento com a população, vítima do caos produzido pelos homens de jaleco branco, inclusive, desertores da Saúde e dos hospitais carentes de profissionais.

Está nascendo o “Doutor do Povo”. Dia 5 de junho, ele poderá receber o seu diploma e tratar das pessoas ao invés das coisas.

Zé Lima já recebe a alcunha de “Doutor do Povo”

Neucimar Fraga valoriza a Bancada Federal porque sabe parlamentar

Neucimar Fraga (PSD)

O deputado Neucimar Fraga (PSD) é aquele político que sabe parlamentar – verbo transitivo indireto e intransitivo – , ação e conjugação para poucos no Congresso Nacional. Sem dúvida, considerando mediana bancada capixaba, valoriza a representatividade do Espírito Santo.

Foi o 8º mais votados nas últimas eleições de 2018 com quase 59 mil votos, ficando de fora por conta da famigerada coligação que favorecia o menos votado. Enfim, escolado na Câmara Federal, com três mandatos, ele já mostrou nesses cinco meses que tem competência parlamentar.

Neucimar Fraga já abraçou a bandeira do Porto Central no Sul do Espírito Santo. Está defendendo com unhas e dentes a volta do Fundap, extinto por movimento estranho dos paulistas em favor deles mesmos. Apresentou projeto de lei que proíbe comercialização de madeira beneficiada e não beneficiada oriundas das florestas nativas.

Enfim, com boa oratória, carisma, o parlamentar capixaba sabe fazer a boa politica. Já foi prefeito de Vila Velha. Da base Bolsonarista – só precisa descolar do governador do Espírito Santo para aprimorar sua biografia – Neucimar tem potencial para transpor sua jornada até aqui.

Com sotaque de sua terra natal, a Bahia, quando aportou em 77 no Espírito Santo para recomeçar a vida, Neucimar Fraga provou que não tem medo de trabalho duro. Vendedor e representante comercial nato. Ou seja, Sua política profissional é qualificada para servir o povo, mas não depende dela. Se jogar na floresta, sobrevive.

Sorte do capixaba o reingresso de Neucimar Fraga no Congresso Nacional depois de 12 anos ausente daquele ambiente insalubre, porém fundamental como instrumento para melhorar a qualidade de vida em todas as áreas das atividades humanas.

Câmara de Cachoeiro nunca fiscalizou nada. Vai monitorar?

Só com lupa para alguns parlamentares enxergarem alguma coisa

A Câmara de Cachoeiro de Itapemirim-ES vai criar uma Comissão Especial Para Monitorar a Violência no Interior Município, aonde o tráfico já espalhou sua semente e crimes brutais costumam acontecer, sem mencionar a violência doméstica que fica invisível nas estatísticas oficiais.

Ora, a notícia surpreende. Não porque é uma ideia esdrúxula ou de jeca. A iniciativa é ridícula pelo simples fato daquele Parlamento não exercer nem as suas atribuições inerentes aos mandatos dos seus habitantes. Legislar e fiscalizar, aquela velha regrinha de ensinar qual a função de um parlamentar.

Nunca existiu na história daquela Casa de Leis uma Comissão Processante contra um Executivo que, aliás, legisla mais, muito mais, do que o Legislativo. Isso indica duas visões sobre o tema: Todos os prefeitos que passaram perto das margens do Rio Itapemirim foram honestos ou os vereadores, na maioria, são farsantes no cumprimente do dever.

Bem, agora, então, chega a informação de que os edis vão monitorar violência no campo rural. De imediato, existem dois incompetentes por lá, representando o Executivo: o secretário do interior e ex-colega, Alexandre Bastos; e o secretário da Agricultura, Paulo Miranda, que precisam ser fiscalizados.

Propor-se a vigiar bandidagem, função da polícia, é motivo de chacota. Aliás, as forças policiais já conhecem todos os pontos de tráfico e criminalidade. Exterminar com essas células é que são elas. E os crimes fúteis, ao ver de qualquer especialista, não são rastreáveis com o Estado ausente.

Melhor e louvável seria investigar o Executivo a exaustão, como manda a regra constitucional e regimental. Levar ao julgamento do plenários suas infrações e improbidades. Quem vive de indicação e de posar o lado do Executivo em entrega de obras é fisiologista da pior espécie entre as categorias deformadas da politica parlamentar.

Como a natureza do vereador é ficar vergado ao Executivo por meio de cabide de emprego e outras benesses, exceções, de mais valia seria monitorar a satisfação do honesto homem do campo e suas demandas.

CUIDADO! POR EDUARDO COSTA

ferraço não é mais o mesmo. o clã ferracista está por um fio

Ferraço vai para o sacrifício para manter o seu clã vivo na política capixaba

O velho lobo Theodorico Ferraço (DEM) é o último dos moicanos, sobrevivendo ao tempo desde os anos 60. Ninguém teve vida tão longa na política capixaba com mandato.

Contudo, a idade pesa muito para alguém que já foi um leão nessa selva de muitas matizes ideológicas. Hoje, esse felino raro ruge, mas não tem mais dentes.

O clã político formado pelo filho Ricardo Ferraço, atual presidente dos Democratas, e pela esposa, Norma Ayub, do mesmo partido, deputada federal, corre perigo de extinção em 2022.

Ferração, como é conhecido no meio político, já pensa em pendurar as chuteiras aos 85 anos – completa no ano da eleição -, enquanto Norma pode tentar uma cadeira de deputada estadual (um degrau a menos do status atual).

Quanto a Ricardo que deixou o cavalo passar arriado para governador, não conseguindo renovar a procuração para o senado, perdendo para dois neófitos, pode sair candidato a deputado federal.

O filho pode cometer mais um pecado político entre muitos de sua biografia: entregar o CNPJ do DEM para o PSB do governador Renato Casagrande, proporcionando mais um desgosto para o velho guerreiro e patriarca.